A última terça-feira pode ser um dia especial na vida do Paraná. O prefeito Beto Richa esteve no Rio e conversou longamente com Ricardo Teixeira. As portas da Confederação Brasileira de Futebol foram escancaradas para Curitiba.

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Haveria motivo maior para Teixeira convidar Beto para um encontro de trabalho mais importante do que garantir Curitiba como um dos palcos da Copa do Mundo de 2014?

Ninguém é convidado para ouvir uma noticia ruim e sair da sala entre beijos e abraços. Foi quase assim que o nosso prefeito-desportista e o "gerentão" do futebol brasileiro apareceram nas fotos e imagens de televisão. Compreensível. A administração de Beto é reconhecidamente boa e avançada, alimentando nos curitibanos a confiança dos vencedores. Fazer a Copa do Mundo de 2014 no Brasil é uma verdade solene proclamada pela gastança que o governo federal promete fazer para consumar o evento. Aos promotores não importa se haverá roubalheira, prodigalidade na aplicação do dinheiro público e desprezo por necessidades sociais prementes em benefício da população brasileira. O que está pesando, mesmo, é a auto-promoção de Lula que passará à história como o brasileiro que embalou o sonho de contemplar o país com um evento de tamanha magnitude.

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Se a Copa será mesmo no Brasil, não há como deixar Curitiba ausente. Não se trata de favor. Somos uma das melhores cidades do país.

A alegria embutida na imagem serena e convicta do nosso prefeito antecipa que seremos coroados no anúncio da Fifa no próximo dia 31, em Nassau, um dos recantos turísticos do mundo moderno. Triste seria – sendo a Copa no Brasil – que Curitiba estivesse injustamente ausente.

A outra Copa

É sem dúvida a que o Coritiba – sobrevivente do futebol paranaense – enfrenta com coragem e fundadas esperanças. Mera coincidência, obteve a classificação para a fase semifinal da Copa do Brasil no mesmo dia em que Curitiba foi sagrada (será que estou equivocado?) como uma das cidades brasileiras eleitas para 2014. A classificação do Alviverde ganha relevância pelos resultados que o colocam entre os quatro melhores times da Copa do Brasil, a mais democrática disputa do futebol nacional. Depois da decepção grotesca do Campeonato Paranaense e presente à zona sombreada por derrotas no Campeonato Brasileiro, nada melhor do que poder saborear os resultados, técnicos e financeiros da nossa Copa, legitimamente nacional, pela amplitude de participantes. O centenário de vida do Coritiba merece um triunfo final de grande repercussão, conquistando o direito de voltar a disputar a Libertadores da América.

Deus salve a América, com o Coritiba dentro.

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