Uma nova loteria chega ao público em pouco tempo. Vai premiar apostadores, engordar o caixa do governo federal e perdoar os clubes de futebol que aplicam calotes constantes nos órgãos arrecadadores da União, particularmente na previdência pública. Roubam recursos financeiros de aposentados e pensionistas brasileiros, vítimas de tantas falcatruas e injustiça social. Os clubes cobram ingressos e nem sempre divulgam a aplicação do dinheiro arrecadado. Não satisfeitos, surrupiam a contribuição previdenciária que deveria ser repassada ao Instituto Nacional de Seguro Social. Com tanta safadeza ao mesmo tempo as dívidas foram sendo rapidamente acumuladas e cresceram de forma astronômica. Pessoas que gravitam ao redor dos clubes enriqueceram, construíram fortunas. Os clubes empobreceram e perderam o poder de competição. Vendem nossos jogadores por importâncias de primeira oferta e poucas pessoas sabem onde o dinheiro é aplicado. Pagar dívidas, somente depois de penhora judicial.
Agora o governo acaba de regulamentar a lei aprovada pela Câmara Federal e pelo Senado e a Timemania virou realidade.
Um prêmio aos caloteiros do futebol. Um estímulo oficial à sonegação e ao desvio de dinheiro. Ao mesmo tempo uma punição injusta aos que sempre recolheram corretamente as contribuições devidas ao poder público. A Timemania foi inventada para reforçar os cofres do futebol brasileiro e permitir que as dívidas com a União sejam quitadas. Quem vai pagar? O público apostador, ou seja, o povo pagará a conta do calote. E o governo mais uma vez distrai a sofrida população brasileira com novo instrumento para induzir ao vício. Convenhamos, um exemplo nada gratificante para um país que precisa de muitas escolas, educação de qualidade e trabalho.
Mudanças no Paraná
Abalado pela freqüente troca de treinadores, o Paraná Clube está em fase decadente. Nos últimos sete jogos venceu apenas um, empatou dois e perdeu quatro. É um retrospecto comprometedor, agravado pela ausência de gols. A recuperação não é imposssível, mas os torcedores estão assustados e exigem providências rápidas. Quando a atual campanha é comparada ao êxito do ano passado é inevitável lembrar do desmanche daquele time dirigido por Caio Junior. Um time de futebol é como uma orquestra. Precisa de um grande maestro e músicos bem preparados. Muito ensaio, harmonia.
A solução para o Paraná é reagir imediatamente, motivar a torcida e recobrar a confiança. Dominar o adversário e não conseguir gols (como aconteceu contra Santos e Vasco) não resolve nada. É como chutar bola na trave. Bola na trave é finalização imprecisa. O que conta é o gol.
airtoncordeiro@gazetadopovo.com.br
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