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Por mais que se queira ter boa vontade com o Coritiba, neste início de campeonato, é difícil engolir tantos erros. A ausência de futebol coletivo dá para entender e perdoar. Mas a falta de qualidade individual é grave e reveladora de contratações apressadas, sem os devidos cuidados. No momento da marcação do segundo gol do Rio Branco, a torcida decretou o regime de "tolerância zero" e passou a reclamar do time e do presidente.

Marlos começou bem e sumiu, Guilherme entrou para resolver e não acertou uma finalização, a zaga marcou mal e o ataque só existiu no gol de Anderson Gomes. O Coritiba começou 2007 do mesmo jeitinho do ano passado. Melancólico e dando munição à oposição política que continua.

O Paraná Clube foi o único da capital a ganhar e o Atlético decepcionou, empatando depois de ter dois gols de vantagem. Um bom exemplo

Quando a crise do Coritiba ganhou contornos mais sérios, com a participação dos sócios no processo decisório sobre a destituição ou não da diretoria, foi revelado ao público que, apenas, 600 devotados torcedores teriam o direito de votar. É o tamanho do quadro social do clube que já reuniu mais de 20 mil associados. Bons tempos aqueles em que o torcedor participava efetivamente da vida do clube.

Em Porto Alegre, Grêmio e Internacional reúnem, cada um, mais de 30 mil sócios. E o campeão mundial ao completar 100 anos de fundação quer agregar 100 mil sócios. Mentalidade avançada e aberta à participação popular.

O Atlético acordou para a realidade e parte para uma filiação em massa dos torcedores. Vai estimular a participação da torcida também nas eleições do clube. Os novos sócios terão o direito de escolher os dirigentes, democraticamente, pelo voto direto, secreto e universal, para usar a linguagem do processo eleitoral em que o povo participa. E o sócio não pagará ingresso para assistir aos jogos na Arena. É a retomada de uma prática já usada e que agora volta aos usos e costumes do Rubro-Negro. Elogiável a iniciativa do Atlético, que pode perder o estigma de clube fechado.

Trieste na Triestina

Não é trocadilho. Explico. Rafael Stival, um apaixonado por futebol e por Santa Felicidade, resolveu dar rara contribuição ao futebol amador. Assumiu o gerenciamento do Trieste e como descendente de italianos foi bater às portas da Triestina que disputa a segunda divisão do campeonato da Itália. Voltou com boas novidades. Os dois clubes podem fazer uma parceria que promete render bons resultados. Uma amostra do cuidado de Rafael Stival: Caio Júnior foi treinador das categorias de base do campeão da Taça Paraná.

esportes@gazetadopovo.com.br

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