O registro histórico dos últimos cinco anos escancara as contradições, a ciumeira, a disputa pelo poder, os erros e a ausência de união do Clube Atlético Paranaense.
Sofre mais quem não merece, a apaixonada torcida rubro-negra. Obstinada, não abandona o clube e oferece o estímulo que a equipe precisa para ganhar os jogos necessários. Como é humana, também vaia e reprova. São as armas ao seu alcance para despertar os que se desligam da tarefa de vencer e vencer, jogando bem ou mal.
Quando as coisas não vão bem, como agora e há algum tempo, cada tropeço técnico, político e emocional serve para potencializar o sentimento de contrariedade. É a luta pela sobrevivência, com lances que tornam cada vez mais difícil a situação do clube no Campeonato Brasileiro.
O último exemplo aconteceu contra o Fluminense. Ganhava o jogo sem ser eficiente. Desperdiçou um pênalti. Dirão que foi mal executado. Pode ser. Quantos gols de pênalti foram marcados com o mesmo figurino da cobrança de Cléber Santana? Muitos. Normalmente, o goleiro tenta adivinhar um dos extremos da meta e se atira por intuição e caprichosamente a bola entra no lugar original do goleiro, embaixo do travessão e entre as traves laterais. Pois, desta vez, o goleiro do Fluminense optou por ficar no meio e ali impediu a conversão da penalidade redentora.
Outro detalhe é que o cobrador oficial do Atlético é Paulo Baier, que confessou estar sem confiança.O tempo passou e o mesmo inseguro Paulo Baier marcou o gol de abertura do placar. O Atlético suportou até os 48 minutos, quando Fred marcou de pênalti para o Fluminense. Ruiu o castelo de emoção. E, para não restar dúvida, tenho a convicção que os dois pênaltis marcados foram polêmicos, passíveis de muitas discussões. O azar do Atlético de não aproveitar a cobrança foi a sorte do Fluminense que no momento mais estressante do jogo marcou o gol com precisa cobrança de Fred.
Outros complicadores
O político. Como Iago conspirou contra o Otelo, Mário Petraglia conspira com insistência contra Marcos Malucelli levando o clube a um processo de instabilidade. Nem mesmo a situação crítica do Atlético impediu por benevolência ou respeito à gloriosa instituição, que a campanha contra o atual presidente cessasse em nome da importância do grande clube.
A Copa. Muito falatório e nada de concreto. Outra vez no meio da confusão, como figura central, o ex-presidente atleticano, sempre contra tudo que não satisfaz o seu egoísmo.
Post Scriptum
Parabéns aos alunos da faculdade de Direito da UFPR e ao Centro Acadêmico Hugo Simas pela reapresentação, 50 anos depois, de O Julgamento de Otelo, com base na obra magistral de William Shakespeare.
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