Nenhuma reprovação ao terceiro título nacional coritibano. Uma vez vencedor da Primeira Divisão, em 1985; duas vezes campeão da Série B, acessando à elite do futebol brasileiro após frustrantes participações na Série A. O campeonato conquistado neste ano misturou sangue, suor e lágrimas.
Tudo começou na tarde triste de 6 de dezembro do ano passado, no jogo do rebaixamento contra o Fluminense. Pior que o descenso, o espetáculo dantesco de autoria de maus torcedores. Não gosto de lembrar daquela selvageria. Mas foi aquele episódio vergonhoso que despertou muitos coritibanos.
Começo pelo trio de ferro formado por Vílson Ribeiro de Andrade, José Fernando de Macedo e Ernesto Pedroso, fanáticos e fiéis torcedores desde as primeiras incursões na arte de gostar de futebol. O Coritiba circula nas veias dos três, todas cuidadas com amor pelo médico vascular Fernando Macedo, o mesmo que dedicou um pedaço valioso de sua vida pessoal e profissional para cuidar do maior ídolo da história coritibana, Evangelino Costa Neves. Os dirigentes mencionados derramam lágrimas pelo Coritiba há mais de 50 anos. Exemplo excepcional de dedicação a uma instituição centenária.
Muito justo, justíssimo, elogiar Ney Franco, jogadores, outros dirigentes e a torcida fervorosa de homens e mulheres que se desdobraram para clamar por vitórias.
Nada teria acontecido sem a determinação do trio de dirigentes, estabelecendo diretrizes e agilizando soluções difíceis, onerosas e inteligentes. Foi a conquista de um grupo homogêneo, inteiramente voltado para o retorno à Primeira Divisão.
Estava escrito. O Coritiba subiu ao ganhar o terceiro título nacional.
Atlético complicado
Dono de uma recuperação elogiável, o Atlético pode ter perdido a oportunidade de chegar ao grupo da Libertadores com a derrota diante do Grêmio. Os motivos: ausência de competência ofensiva e arbitragem danosa (mais uma vez). Os erros do juiz não se limitam ao jogo contra o Grêmio. Com nove cartões amarelos, os prejuízos se projetam já no próximo jogo contra o Ceará.
Cumprimentos necessários
Aos companheiros que produziram a corajosa reportagem Diários Secretos, revelando os intestinos da Assembleia Legislativa nos últimos anos. O Prêmio Esso de Reportagem só foi possível graças à linha editorial investigativa deste jornal. Nossos jovens jornalistas deram uma aula de determinação, independência e coragem. Ignoraram ameaças, intimidações e a ação dos "meninos de recado" sempre a serviço dos investigados. Os cumprimentos de um veterano apaixonado pela verdade crítica aos jornalistas Kátia Brembatti, Karlos Kohlbach, James Alberti e Gabriel Tabatchek. Assim se faz a liberdade de informação.
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