Talvez, quem sabe, afirmativamente sim ou não. Não é a mudança numérica do ano que define o futuro. É um avanço da idade de nossa vida, ou o viver um pouco menos pelo que é possível alcançar no plano espiritual, ou, as circunstâncias corporais que nossa vontade determina. Não será a mudança do calendário que vai realizar as nossas vontades. Seria bom se fosse assim.
Acabaríamos com a estrondosa desatenção do poder público. Antes das catastróficas enchentes em várias regiões do país, seriam tomadas providências necessárias pelos responsáveis (?) pela administração dos municípios, dos estados e da União. As desastrosas consequências da péssima gestão pública brasileira estão expostas todos os anos, não importa o número do calendário.
Negligentes, criminosos, ladrões do dinheiro público, vândalos que liquidam a esperança e sepultam os dias melhores prometidos pelos videntes errantes, tudo isso está na dependência do caráter (ou na ausência dele) dos mortais que nasceram trazendo geneticamente o DNA dos humanos incorrigíveis. Mesmo com o passar do tempo esses pecadores contumazes não mudam.
Não sabem viver sem causar danos morais e materiais aos seus semelhantes. Segundo o que prega a doutrina cristã, acertarão as contas depois da morte, no lugar reservado aos que pecam na vida terrena e não se corrigem com o salto numérico do calendário que adotamos.
E no futebol?
Tudo do mesmo jeito. O Atlético não voltará à Série A se persistir nos erros praticados nos últimos anos, quando mudaram presidentes e o futebol foi pífio, com o anterior e o atual comandante. Foi ruim demais em anos velhos e novos que os sucederam. Agora existe uma esperança: um Carrasco para cuidar de Morro Garcia. Treinador e jogador já trabalharam juntos no Uruguai, ambos conhecem o timbre do trabalho de cada um.
E o Paraná muda?
Há vários anos são esperadas mudanças positivas. Ao contrário, tudo piora. De tal forma que o clube foi rebaixado no indigente Campeonato Paranaense. Vive um ano novo atípico. Improvável jogar com razoável sucesso e de forma cumulativa a Copa do Brasil, a Segunda Divisão estadual e a Série B do Campeonato Brasileiro. No momento, não tem time para participar de um mísero torneio suburbano. Triste caminho de um clube destruído pelos exterminadores do futuro que se apresentou risonho tão logo foi fundado.
O Coritiba
Perdeu jogadores importantes, com bons ganhos financeiros, afirma o presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Dos três mais importantes clubes paranaenses, só o Coritiba avançou com a mudança do calendário. Em 2009 foi amordaçado. Pula 2010, 2011 e chega em 2012 como único paranaense na Série A do Campeonato Brasileiro. Obra de trabalho competente, nunca do avançar do tempo na mudança de ano.
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