Paira uma dúvida sobre o Atlético. Mesmo com as dificuldades que enfrentou no Brasileiro do ano passado, as contratações para a temporada atual foram modestas e insuficientes. O Atlético ainda é líder do Paranaense pelas fragilidades dos adversários. Nos dois últimos jogos, o Rubro-Negro fraquejou. Empatou com o Toledo depois de estar vencendo e agora faz 2 a 0 no fraco Nacional, permite o empate e decepciona a torcida.

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O preocupante é que o resultado igual só ocorreu por erros do time atleticano, negligente na defesa e inoperante no ataque. Além da penalidade praticada por Chico, Rafael Moura desperdiçou a oportunidade do terceiro gol, não convertendo o pênalti que o bom goleiro do Nacional defendeu.

Desta vez Geninho saiu com Lima e Marcinho como titulares e os dois jogaram pouco. Netinho, quase sempre a fonte de bons cruzamentos para os gols de bolas altas, no jogo de sábado foi decepcionante. Pareceu-me sem condição física. Zé Antonio, que chegou a sonhar com a titularidade no meio-de-campo, valeu pelo gol de falta, atuando como lateral-direito. Ferreira continua o mesmo que parece ter esquecido o brilho do seu futebol nos poços de petróleo dos Emirados Árabes. Corre bastante e produz pouco.

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O Atlético é um time desfigurado. Continua líder, mas as preocupações são direcionadas para o próximo Brasileiro.

E as dívidas da era Petraglia?

É uma pergunta pertinente. Clayton deixou de ser contratado por falta de dinheiro, ao que se sabe. Não há investimentos no futebol e o mais intrigante é o atual estágio das obras de ampliação da Baixada. Os ex-dirigentes anunciaram a conclusão dos trabalhos para dezembro e aconteceu muito pouco. Foi noticiado que o Atlético tomou um empréstimo bancário, feito na gestão anterior, para impulsionar os trabalhos da reta do antigo colégio. Quem vê a Baixada tem a impressão que os trabalhos estão parados.

Agora já se fala que as dívidas herdadas pelos atuais e bem intencionados mandatários impedem novos investimentos financeiros na Arena e, especialmente, no time de futebol. Fato que causa um grande desconforto para a torcida e imagino um tormento para a atual diretoria. Penso que a situação financeira do clube deve ser exposta publicamente, evitando críticas aos atuais e aos antigos detentores do poder político da Baixada. A transparência será de grande utilidade ao Atlético e aos que o dirigem.

Enquanto isso...

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A diretoria dos tempos de paz continua resgatando valores humanos que foram erradamente afastados do cotidiano atleticano. Sábado voltaram o médico Edílson Thiele e o marqueteiro Roberto Karam. Duas personalidades devotadas por inteiro – de corpo e alma – à vida do Atlético. O trabalho que recupera a boa imagem do Atlético é um grande feito dos que assumiram o Atlético há pouquíssimo tempo.