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Gil Baiano e Pachequinho de olho na esfera | Arquivo /Gazeta do Povo
Gil Baiano e Pachequinho de olho na esfera| Foto: Arquivo /Gazeta do Povo

O que acontecia na época...

Em julho de 1996 a seleção brasileira se preparava para a Olimpíada de Atlanta, em busca do "tão sonhado ouro olímpico". No mesmo domingo do clássico Paratiba, o time comandado por Bebeto venceu por 2 a 1 um combinado da Fifa, com Jorge Campos no gol, Matthaus, Redondo, Laudrup e Kazu, entre outros. A campanha olímpica nos Estados Unidos? Melhor nem lembrar. Saindo do futebol, só se falava do divórcio da Princesa Diana e do Príncipe Charles. O jornal dizia que "em seis semanas o processo estará concluído e a Princesa de Gales já não será mais alteza real, embora livre e rica".

  • Disputa acirrada na fácil vitória paranista

Coritiba e Paraná duelam neste domingo (23) pela quinta rodada do returno do Estadual. Enfrentar o Coxa no Couto Pereira tem sido um martírio para os paranistas, que não vencem na casa do adversário desde 1996. Fora do Alto da Glória também. Desde o último triunfo na vizinhança da Igreja do Perpétuo Socorro, foram 26 vitórias alviverdes, 17 tricolores e 16 empates.

Mas nem sempre foi assim. Justamente no certame de 1996, o Paraná não exibia tanta dificuldade em sobrepujar o rival. Na finalíssima da competição, venceu logo os dois jogos para não deixar dúvidas (2 a 0 e 1 a 0). E, antes disso, sapecou um 3 a 0 que é o nosso jogo da semana.

Naquela época, o Pinheirão, hoje Destrão – com todo o respeito ao novo proprietário do imóvel – ainda era palco do glorioso futebol araucariano. E foi lá no bairro do Tarumã, no gramado plantado sobre um cemitério indígena, que o Tricolor Tricolão Tricolaço e o Verdão do Alto de Tantas Glórias se pegaram no domingo dia 14 de julho.

O Paraná dependia de uma vitória para manter viva a chama do tetracampeonato e queria apagar a péssima impressão de uma goleada por 4 a 0 sofrida no clássico anterior. Por sua vez, o Coritiba já estava classificado para a decisão, sonhando com o fim de um incômodo jejum de conquistas estaduais que perdurava desde 1989.

A equipe da Vila Capanema era treinada por Antônio Lopes, o Delega, mais tarde Pato Velho, em sua primeira incursão por terras paranaenses. Os coxas-brancas tinham no banco Heron Ferreira, um dos inúmeros projetos de "novo Vanderlei Luxemburgo" surgidos no começo dos anos 90.

Bola rolando, se o primeiro tempo não tivesse existido não teria feito a menor falta. Na etapa final, no entanto, a bronca começou cedo. Aos 9 minutos, Saulo recebeu de Paulo Miranda e escolheu o canto com categoria: 1 a 0.

Em seguida, foi a vez do lateral-direito Gil Baiano arremessar a bola no ângulo do goleiro plus size Anselmo, que nada pôde fazer. E a blitz paranista ainda não tinha acabado. Aos 25 minutos, o meia João Santos – o Mestre João II, sucessor de João Antônio – realizou ótima jogada e deixou Mazinho Loyola livre para a conclusão: 3 a 0.

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