O que acontecia na época
Arquivo/ Gazeta do PovoEm 2008, também no mês e junho, morreu Jamelão (foto), o mítico cantor carioca e mangueirense, autor da fantástica frase: "Não sou puxador. Não puxo carro, não puxo droga, nem puxo saco de ninguém. Eu sou é intérprete de samba-enredo!". Também na música, quinze anos depois do prometido o Guns n Roses lança o álbum Chinese Democracy. Cinco anos depois, os fãs da banda ainda se perguntam se não teria sido melhor esperar um pouco mais, quem sabe 100 anos.
Atlético e Goiás se enfrentam neste domingo (20), às 16 horas, no Serra Dourada, talvez o último fazendão da bola, dado o encurtamento e a padronização dos gramados das chamadas "arenas". Confronto quentíssimo na briga por uma vaga para a Libertadores da América.
Em 2008 os dois se encontraram na Baixada e, neste caso, a partida só tornou-se memorável durante o desenrolar. Antes, nada indicava que dali surgiria algo para ser lembrado no futuro.
Era o início do Brasileiro e o Furacão cumpria campanha apenas razoável uma vitória, uma derrota e dois empates. Até então, destaque somente para a participação em um jogo do zagueiro Leandro Bambu que, apesar do apelido mais do que apropriado para função, não emplacou.
E na papeleta da agremiação esmeraldina lá estava ele, sim, ele mesmo: Paulo Baier. Pensar que naquela altura já o chamavam de veterano. Na temporada seguinte, o gaúcho desembarcou no Aeroporto Afonso Pena e a partir daí você conhece a história.
Hoje o velho Baier não joga. Descanso providencial. Afinal, dar um passe daquele de letra, atalho para a vitória sobre o Atlético-MG, cansa mais do que correr por 100 quilômetros. Ser genial dá um trabalho danado.
Bola rolando no Joaquim Américo e o Atlético saiu marcando gols de forma absolutamente natural. Aos 19 minutos, o zagueiro Antônio Carlos meteu o cocuruto nela: 1 a 0. Depois, Alan Bahia o maior cobrador de pênaltis com paradinha que já existiu aumentou, aos 35 e aos 19 já da etapa final.
Eis que ocorreu o lance que até hoje é piada na Boca Maldita e assim será para sempre. Aos 30, jogada confusa no ataque rubro-negro. O zagueiro Amaral achou que o árbitro Paulo César Oliveira havia marcado falta. E, de dentro da área, meteu a mãozona na bola. Foi então que o defensor goiano passou a duvidar do que o juiz, de fato e de direito, anotou: pênalti, ou melhor, pênalte, como se fala por aqui.
Marcelo Ramos cobrou com perfeição e ampliou: 4 a 0. Por fim, Pedro Oldoni, aquele sobre o qual ainda permanece a polêmica quanto à carreira que deveria ter escolhido, se a de atacante ou modelo, fechou o marcador despenteando o topete: 5 a 0.
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