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O craque Serginho é vigiado de perto | Arquivo/ Gazeta do Povo
O craque Serginho é vigiado de perto| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

O que acontecia na época...

1989 foi o ano de "Sociedade dos Poetas Mortos", aquele filme que era "moral" dizer que gostou, para parecer "sensível" para as garotas. A peça é ok, mas fosse para escolher a melhor da temporada seria "Indiana Jones e a Última Cruzada", certo?

O ano de 2014 já esmerilhando, Copa do Mundo daqui a alguns meses, é tempo de recomeçar o nosso rolezinho semanal pela memória do futebol paranaense. E você sabe. Campeonato Estadual é igual família. Não se escolhe, tem que aturar. Assim sendo, melhor focar nos pontos positivos para facilitar.

Nesta primeira coluna, algo incomum na história da bola local. Uma decisão de título entre um clube da capital e um do interior. Foram poucas vezes em 99 edições do outrora "certame araucariano". Uma delas, Coritiba e União Bandeirante, em 1989.

Para começar, nunca é exagero lembrar da representação bandeirantina. Já extinta, era o time dos irmãos Meneghel, Serafim e Paulo, filhos do Comendador Luiz, usineiros do Norte do estado. Vice-campeão cinco vezes do Estadual.

Atuar lá na Vila Maria era uma bronca tremenda. Para ter uma noção, se os jogadores adversários levassem as mães para o confronto, é certo que nem mesmo as progenitoras escapariam de levar umas botinadas.

Menos mal, o Coxa fez os dois jogos da final em Curitiba. E se precisasse encarar um voo rasteiro até Bandeirantes, também não seria problema, afinal, era um timaço-aço – na primeira fase, meteu 5 a 2 lá em Bandeirantes mesmo.

Osvaldo, Serginho, Carlos Alberto Dias, Chicão e Tostão. As feras daquele time que empolgaria no Brasileiro, logo depois, até a canetada da CBF. Há coxas-brancas que até hoje não dormem, atormentados pelo pesadelo do esquadrão que parou no tapetão. Compreensível.

Antes, no Estadual, não havia como barrar essa máquina de jogar bola. No primeiro jogo fatal, 20 de agosto, um 0 a 0 bem pegado. E até que o União aguentou bastante tempo, já que a primeira bola foi balançar a rede na finalíssima apenas nos 45 minutos derradeiros da segunda partida.

Aos 28 minutos, chu-chuveiro na área, partindo da direita, escorada para a zona do agrião e Tostão, que não era aquele, mas bem que poderia ser, tamanha a categoria, desviou do goleiro Devanir: 1 a 0. O grito de campeão já ecoava pelas arquibancadas do Couto Pereira.

Foi quando, aos 39, o rapaz do placar teve de trabalhar novamente. Pênalti, ou melhor, "penaltê" para o Alviverde do técnico Edu, o eterno "irmão do Zico". Chicão, o implacável goleador bateu com categoria e sacramentou o escore.

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