Um novo Paranaense se inicia na tarde de hoje. Edição de número 99, ano 2013, versão mais moderna da disputa. Mas não se engane. Embora as novidades tecnológicas e o penteado dos jogadores nos façam crer que tudo mudou (pra pior), pode crer: é o mesmo certame de todos os anos. A magia de Onaireves Nilo Rolim de Moura... pra sempre entre nós!
Para inaugurar a temporada, um pega do Atlético de 1991, diante da briosa representação do Grêmio Maringá. O porquê da escolha? Veja bem, não há respostas para tudo na vida e um jogo de futebol é sempre um jogo de futebol.
Era domingo, mês de novembro, e o prélio se desenrolava pelo segundo turno da competição, iniciada, acredite se quiser, em fevereiro. Naquela altura, o Furacão perseguia o Paraná, em vias de completar apenas o segundo ano de sua existência e na pilha de amealhar o primeiro título estadual o que acabou acontecendo.
O cenário era o Pinheirão, carinhosamente chamado pela coluna como o cemitério indígena da bola nos pinheirais. Combate rolando no gramado off-road e, logo aos 16 minutos, o avante Moreno botou o moleque do placar para trabalhar: 1 a 0, em cobrança, atenção para a pronúncia curitibana, de pênaltE.
Não demorou muito, entretanto, para o conjunto interiorano igualar. Apesar da alta quilometragem, a zaga formada por Vica e Leonardo vacilou e Vanderlei empatou. Silêncio absoluto só se ouvia a piazada urrando na queda da montanha russa do parque vizinho ao estádio.
O empate detonou um drama na vida do Rubro-Negro, reforçado pela entrada de Kramer, avante que pelo nome e categoria fazia todo mundo lembrar daquele filme do Dustin Hoffman que arrebentava com o sábado à noite no Supercine.
O sofrimento, no entanto, teve um fim. Corridos já 40 minutos da etapa derradeira quando Moreno que rodou pelos três clubes da capital recolocou o Furacão do técnico Wanderlei Paiva na briga pelo bicampeonato. Falta venenosa que vazou a barreira maringaense e foi parar no fundo do barbante do goleiro Júlio Cézar: 2 a 1, fim de papo.
O que acontecia na época
Carroças: No início dos anos 90, com a abertura da importação pelo então presidente Fernando Collor de Mello, o Brasil passou a vender carros Lada (foto), fabricados por uma montadora da, na época, União Soviética. Otimistas, as propagandas afirmavam: "Carro russo, um dia você ainda vai ter uns". Alguns entusiastas do regime comunista se empolgaram, mas, com o tempo, o Lada fracassou. Há quem diga que eram necessárias oito pessoas para se trocar um pneu das carangas vermelhas.
Humor: Nelson da Capetinga, personagem da Escolinha do Professor Raimundo, era o must da comédia brasileira. E tinha gente que achava ruim...
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