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Quase tudo já foi dito sobre a vinda do Matthäus para o Atlético. O locutor que vos fala mencionou: modos ou maneiras e métodos. Isto é, bons modos ou boas maneiras e bons métodos. Métodos de treinamento físico-técnico-tático-moral; bons modos à beira dos gramados, nos vestiários, nos campos de treinamento, nas concentrações, na vida real. O que resta dizer?

O lado propaganda, o lado divulgação do nome do clube, do Atlético, foi bastante ressaltado. E com justiça, pois foi grande tacada. Daquelas que começam numa das 15 vermelhas e só param com a bola sete na caçapa do canto. Olê, olê, olá.

Além dos tópicos mencionados no primeiro parágrafo, creio ter ainda uns palpites a dar a propósito da vinda a Curitiba de tão ilustre figura. Com licença.

Além da bola

Matthäus é celebridade na "Oropa, França, Bahia". Na Alemanha, então, nem se fala: lá é "pop-star". Sem a má imprensa, a má impressão e a burra conduta que costuma acompanhar esse tipo de figurinha tão fugaz quanto descartável.

Ele bateu bolinha bastante bem redondinha, foi craque indiscutível, da nobre linhagem que produziu Beckenbauer, Overat, Fritz Walter. Na vitoriosa campanha alemã nos campos da Itália em 90, não só comandou a melhor equipe, como proporcionou solos inesquecíveis de engenho, arte, manha.

Como bom europeu, como bom alemão, que rodou bolsinha como atleta e treinador, Matthäus não deve sofrer das dolorosas lacunas educacionais-culturais-sociais-esportivas-que-ainda-são-tão-típicas-dos-nossos-rapazes-pobres rapazes-vítimas-do-escandaloso-desdém-que-a-pátria-amada-idolatrada-salve-salve-devota-à-EDUCAÇÃO.

Por isso acho Matthäus mais que preparado, acho-o tipo ideal para algo que transcende o mundinho do velho, rude esporte bretão. Estou a me referir ao nobre, ao útil, ao oportuno papel de "embaixador honorário" de Curitiba.

Já imaginou, cara pálida? Entrevistas, reportagens nas revistas gerais e especializadas em negócios? Nas rádios, tevês? Nos jornais? Com a cidade ao fundo? Local bastante bom para vir, ver, ouvir, viver com qualidade, trabalhar com segurança, investir promissoramente, fechar bons negócios, ganhar dinheiro, fazer amigos, influenciar pessoas!

Rapazes, vocês do "brain-trust" da prefeitura, do governo do estado, das associações de classe, câmaras de comércio-indústria-serviços, o que esperam? Mãos à obra, à luta. O homem está aqui, ali, na Baixada, na Buenos Aires, na frente da praça Afonso Botelho, no bairro hidro-esmeraldino, mas pode me chamar de Água Verde. (Quem diria, hein?)

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