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Há cinco anos grupo de marmanjos que ama o velho e rude esporte bretão se reúne mensalmente para jantar. Sem ordem: Vinícius Coelho, Zé Luiz Lins, Carneiro Neto, Airton Cordeiro, Capitão Hidalgo, Luiz Augusto Xavier, Borba Filho, Valmir Gomes, Sílvio Ronald, Pasquale, Malu*, Marcos Coelho, Antônio Augusto Ortiz e o locutor que vos fala. Oh! Quanto riso! Oh! Quanta alegria!

Na segunda-feira, na casa do Ortiz, o balé estava quase completo e os astros convidados eram os treinadores de goleiros Tico e Almir, o executivo Oscar Yamato e o tricolor (das Laranjeiras, claro), riobranquista, parnanguara – nessa ordem – Mário Lobo. Beleza.

Além de torrar os untos (como diria o Eça) do Tico e Almir a propósito de goleiros, explorei a todos, quis saber a opinião sobre os meninos do Coritiba: o back Henrique, o center-half Renan, o center-forward Keirisson. Rapaz, ô rapaz, o bode que deu vou vos contar; relaxe; aproveite; será indolor.

As opiniões podem ser resumidas a: prometem, necessitam lapidação, são bons. Confirmadas no dia seguinte num encontro casual com o comentarista no rádio e tevê Walter Xavier. Aleluia!

Além dos citados, convém acrescentar o meia Pedro Ken, lembrado pelo Vinícius. Que simplesmente abonou velha impressão do Antônio Carlos Lacerda, o Caco. Atleticano, pai de atleticanos amigos do menino Pedro – craque em botão para eles. Aleluia!

Com essas abalizadas impressões no bolso do colete que não uso, não foi nada difícil concluir: os coxas têm o mais importante – a assim chamada "espinha dorsal"**. Melhor ainda! Ela é formada por pura prata da casa. Muito melhor ainda! Ela é jovem, juvenil, imberbe. Aleluia!

Yes, espinha dorsal, isto é: back, center-half, insider, center-forward. Ou em língua de gente: zagueiro, volante, meia, avante. Acrescida do bom keeper Artur, pronto, ela, a espinha dorsal, está completa, pronta, para o que der e vier. Ou não?

– E o resto?

– Ora, o resto. O resto é complemento. Esqueceu do mestre Zizinho? Que sustentava: pontas e laterais são pra não deixar a bola sair...

Notas

* Assim como há somente um Pelé, há somente um Pasquale e um Malu – o João de Pasquale e o Luiz Alfredo Mallucelli. Os outros são réplicas, genéricos ou oriundos do vizinho, do bom, do oportuno, do insubstituível Paraguai. Cara pálida, aqui entre nós, o que seria da gente sem o Paraguai, hein? A gente que gostamos (para falar como o Lula) das boas coisas da vida e detestamos pagar odiosos impostos?

** Ai de mim! Sou do tempo da espinha dorsal, no tempo das espinhas.

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