Três emblemas da fria final: 130 minutos de jogo, menos de 70 de bola a rolar; córner contra a vecchia signora: quatro parcos franceses versus oito abundantes italianos sem contar Buffon, portentoso portieri; contra-ataque da Bota: dois bravíssimos, pianíssimos, versus cinco redundantes franceses sem contar Barthez, grand gardien de but. Elementar, caro Watson: empate, empate, penais.

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Lippi ou a audácia à italiana: três avantes em campo no final dos 90 minutos! Bravo! Bravíssimo!! Atenção pro detalhe: para jogar como médios e/ou zagueiros! Uuuuu.

É global a asnática ação! Nas dez cobranças de pênaltis (incluída a do Zidane) os goleiros tentaram adivinhar o canto oito vezes! Em pelo menos uma delas seria possível a defesa: logo na abertura dos trabalhos, quando Pirlo chutou mal, alto, no meio da meta. Malheureusement, M.Barthez movimentou-se para esquerda. Bem feito. Em tempo.

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Pro locutor que vos fala, o luso Ricardo foi o keeper da Copa entre outras razões por dar magistral lição de como agir nos penais: foi simplesmente bestial, pá!

A medalha do demérito é do Zidane. Fechou a brilhante carreira com ato indigno da sua classe, experiência, exemplo. Como diz Nireu Teixeira: teve seu segundo de estupidez.

Essa Azurra é a cara dessa Copa: brutta paura!

E o dia deu em chuvoso

Uma e vinte da tarde. E o dia deu em chuvoso como no poema do Pessoa, Fernando. Que fará dupla com o Sartre num texto que batucarei contra o sacrílego endeusamento do Felipão. Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Homem humano? Travessia... Parêntese.

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Aos leitores que estranham meu relativo silêncio sobre o Parreira: entre a covardia que é chutar alguém caído e o bom combate aos falsos ídolos, idólatras e idolatria, não hesito: cravo coluna dois!

Não vi o "inteiro teor" de Alemanha-Portugal por duas imensas razões: anti-clímax puro; posava para a posteridade, para os finos pincéis do amigo&mago Aroldo Murá. Que está a lavrar "estátua eqüestre" do escriba (e fariseu?). Aleluia.

Rapaz! E os tremendos petardos desferidos pelo alemão, aquele, em dois dos três gous? – mestre Millôr dixit! É verdade, no primeiro o excelente Ricardo contribuiu inestimavelmente, mas no segundo nem um pool de keepers pegaria o venenosíssimo bólido, mais carregado de efeito que pimenta no vatapá. Lembrou Nelinho, o mais poderoso artilheiro de todos os tempos. Seu chute arrasava quarteirões! Um espanto! Um exagero! Um despropósito! Tremebundo. (Dedico esse parágrafo ao dileto João Manuel Simões.)