O caríssimo coleguinha Aloar Odin Ribeiro pendurou as chuteiras, aposentou-se, retirou-se discretamente depois de longa carreira dedicada às lides esportivas na Gazeta e várias rádios da capital.
Outra lacuna não preenchível. Pois figuras como o Aloar não se produzem em série nem se reproduzem. Sempre bem banhado, barbeado, asseado, seu trabalho tinha a sua cara: rápido&rasteiro, limpo&eficiente, sem rasuras&remendos, preciso&pontual, de imensa&silenciosa produção seus textos sobre o passado preenchem uma enciclopédia.
E o bom humor? E o alto astral? E a prontidão para ajudar, para cobrir as falhas, as faltas, as omissões, os erros? E a memória, arquivo vivo à disposição de todos? E as piadas? E as histórias? E os causos?
Grande colega. Grande figura humana. Como dizia o Carneio Neto no fecho do programa de tevê que fazíamos com o Capitão Hidalgo e o Caxias: foi um privilégio trabalhar com ele, ao lado dele, próximo dele. Agora estamos mais pobres, mais sós ai de nós, ai de nós.
Paranóia?
Eça de Queirós escreveu engraçadíssima carta ao Camilo Castelo Branco. Que tinha mania de perseguição. Se o Eça batucava mal traçadas sobre o "Bei de Túnis", por exemplo, Camilo imaginava que era sobre ele. E saía a campo contra as oblíquas táticas do Eça... (Paranóia! Aqui me tens de regresso. E suplicante te peço... )
Guardadas as diferenças, é o que rola com dois ou três torcedores do Paranito (copyright do Thiago; "los três inimigos"). Sempre que escrevo porque não devemos nem podemos esquecê-lo "no ignominioso ano em que não veremos o Atletiba" , eles vêm à boca da cena denunciar a tendenciosidade do escriba (e fariseu?), como se estivesse a atacar o clube tortuosamente... (Paranóia! Aqui me tens de regresso. E suplicante te peço... )
O que fazer? Nos dias pares, sorrio; nos ímpares, choro; nos domingos, dias santos, feriados, pontos facultativos, durmo a sonhar ... bem, cala-te, boca.
Bah!
O amigo Marco Leite mandou e-mail com fotos dos estádios alemães para a Copa. Como diz o gaúcho, bah, tchê! Que coisa mais bonita, que coisas mais bonitas, uma mais bonita que a outra, de nos deixar com água na boca, passados de inveja, ciúme, despeito, raiva impotente, vergonha (a herança maior que meu pai me deixou, cantou o Lupe).
Mas bah tchê! O conjunto pode ser dividido em dois: bonitos e muito bonitos. Excepcional show de bola. Não à toa que a Bauhaus é alemã. Não há nada remotamente semelhante no mundo, mundo, vasto mundo. Deutschland über alles!? Há controvérsias.
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