Brasileiras&brasileiras, nada de pânico. Nas dezessete passadas versões da Copa só estreamos apoteoticamente em 70, contra os tchecos&eslovacos: 4 a 2; placar moral:12 a 5.
A estréia é chata: pressões externas + pressões internas todos os olhos do mundo sobre os nossos rapazes, a espera do incrível, fantástico, extraordinário. No mínimo. Porque somos sempre a secreta esperança do "dream team". E entre o sonho e o ser cai a sombra.
A exasperante lentidão das nossas ações é o tributo dos poucos treinos&jogos; a falta de fluência, efeito da ausência de conjunto. Daí ações tipo comando, escaladas solitárias do Ronaldinho, Kaká, Cafu, Roberto Carlos, Zé Roberto.
Lembre: o Fenômeno não joga há dois meses, saiu das bolhas, da gripe. E quase pegou o goleiro outra vez com as calças na mão, burramente na linha da área pequena (5,50m da linha da meta). Tempo.
O gigante croata falhou duas vezes no gol do Kaká: ao se colocar a 5,50m das traves e ao voar sem tomar impulso. Pior. Não aprendeu com o próprio erro quase levou segundo, merecido lençol do Ronaldo.
Data vênia
Não espalhe; não gosto da figura "quadrado". Ela é chata, sem graça, aborrecida, certinha, quadrada, pô!, burocrática, sem imaginação, sem fantasia, sem humor, amor, ardor, bárbara, burra, besta, odeio o quadrado como um inimigo pessoal, figadal, irreconciliável. Infelizmente, isso não é tudo, ponto&parágrafo.
Gosto do Adriano. Pode jogar em qualquer equipe do mundo, inclusive na seleção, mas não ao lado do Ronaldo. E entre os dois ainda prefiro o Fenômeno. Voltemos ao quadrado bocó, tanso.
Com os atores escolhidos pelo Parreira o quadrado é mais quadrado, um quadrado reforçado, redundante, de doses duplas: Ronaldo-Adriano; Kaká-Ronaldinho.
Ora, ao quadrado prefiro o losango, quadrilátero destorcido, que não ousa dizer seu nome, que não se assume, não sai do armário. Aleluia.
Claríssimo, Clóvis. Meu losango seria: Fenômeno; Kaká-Ronaldinho como no Barça-Milan; Alex. Mais o Juninho no lugar do Zé Roberto. Como não será possível, me contentarei com Fenômeno; Kaká-Ronaldo; Juninho. Desde que o Fenômeno jogue minimamente. Caso contrário, Adriano.
Agora, se o Parreira insistir no quadrado que não é mágico Robinho deveria substituir o Adriano ou o Fenômeno se não entrar em forma até as oitavas. Mais: o Juninho deve entrar no decorrer dos jogos. E pronto. O resto fica como está, do Dida ao Roberto Carlos. Sem esquecer que a defesa se fortalece com a crescente coesão entre meio campo e ataque. Estou otimista.