Não é preguiça, mas recebo e-mails de torcedores do Coritiba preocupados com a movimentada temporada de caça empreendida pelo clube. Cá entre nós, todos hipercríticos, alguns engraçados. Os que transcrevo abaixo (com pequenos cortes por questões de espaço) são típicos. Acorda, Giovani! Capitão, atenção! Preto, olhaí! A rapaziada está em cima do lance. É a voz das arquibancadas&cadeiras. Que tal ouvi-la?

CARREGANDO :)

A primeira

"Coxas trazem um de Israel (Giovanini), um da Guatemala (Iverson), um do Vietnam (Diego), um da terceira de SP (Vinícius), dois da Segundona de Portugal (Madureira e Ludemar), um obscuro da Portuguesa (Wilton Goiano), dois que caíram pra terceira com o Bahia (Marcelinho e Guaru), dois goleiros que não emplacaram em lugar nenhum nos últimos cinco anos (Arthur e Júlio César) e um lateral do Paulista (Julinho) que foi preterido por Beto, reserva no Atlético.

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Quero ver como o Márcio vai se comportar, pois ele acha que usando um procedimento evangélico une o grupo e faz o futebol crescer."

Abraço, Lineu Maia

A história se repete

"O ano de 2006 chegou e ao que parece será igual ou pior que 2005. Para quem tem saudades dos timaços dos anos 90, com Cruvinel, Vilmar, Jétson, Anselmo, Afrânio, Nardela, Marcelo Prates, Toninho Cajuru, Fernando Macaé e outros grandiosos craques – a saudade acabou. Íverton, Júlio Madureira, Ludemar, Marcelinho, Márcio Giovanini, Vinícius, Wilson Goiano têm tudo para nos fazer relembrar aqueles imbatíveis esquadrões.

Com a mesma história o Coritiba faz novamente uma aposta arriscada e pode pagar preço muito alto por isso: traz um monte de desconhecidos para disputar o Campeonato Paranaense e fazer o mesmo fiasco da Copa do Brasil do ano passado. Depois, no meio da temporada, tenta a todo custo trazer figurões (ex.: Renaldo), pagando uma fortuna pro "puro-sangue" salvar a pátria. E dá no que deu...

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Não, a Terceira Divisão está longe mesmo com o incrível esquadrão que está sendo formado. Mas a permanência na Segunda pode ser pensada como realidade pelo sofrido torcedor alviverde.

Torço com todo meu coração para que Iverton, o craque da Guatemala que nem lá se deu bem, pois voltou para o Brasil em setembro de 2005 para jogar numa equipe amadora, se torne craque em 2006; que o Márcio Giovanni seja o novo Baresi, ou pelo menos um Zambiasi; que Júlio Madureira seja o nosso novo coração no meio-de-campo. Mas pelo andar da carruagem, vou ter de dizer neste novo ano: Ai que saudade do Capixaba, Alcimar, Allan, do Cruvinel, Toninho Cajuru, Jétson."

R. de Freitas