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O Parreira não está a fazer mistério com a escalação da equipe pro jogo de hoje; ele está em dúvida... O que é diferente, não?

Ih! Quando até um cara como o cineasta americano Spike Lee palpita que o Robinho deve entrar no nosso time é porque o óbvio finalmente chegou às gerais, à periferia.

Spike é "gringo"; "gringo" não sabe nada de futebol porque não se joga futebol nos EUA, mas algo assemelhado e ao qual apelidaram de "soccer" para distingui-lo do "futebol" lá deles. Que se joga com as mãos.

Por falar em "soccer"; "soccer" é a vovozinha, não? Ou como a gente dizia lá em I-rra-ti/I-rra-ti/tera querida, "soccer" é a comadre da madrinha.

Ora, "soccer". Realmente. Esses americanos. Em tempo: Spike é fãzoca do Henry. Como não diria a proverbial madre superiora, cada fãzoca tem o ídolo que merece. O locutor que vos fala é macaca de auditório do Rei, é do fã clube do Divino Crioulo, do the best, do top of line, do Pelé. Modestamente.

Como estou com a mão na massa e como este espaço também tem compromisso com a alta cultura, lembrarei ao distinto leitor que em todos os países o velho e rude esporte bretão atende por nome que é transcrição, adaptação, transliteração ou tradução do original inglês "foot-ball".

As exceções são os EUA, que nesse caso não contam porque nesse caso são periféricos, irrelevantes. E na Itália. Onde o joguinho atende pelo codinome "calcio".

Por que "calcio"? Porque os italianos teriam herdado o dito cujo dos romanos, enquanto os outros países o receberam ou o importaram da Inglaterra. Sacou?

Uma curiosidade que deveria chamar a atenção dos estudiosos, dos intelectuais, dos explicadores: os americanos não jogam nada ou muito pouco, mas as americanas batem um bolão. Por quê? Qual a explicação?

Elementar, Watson: porque a mulherada de lá partiu do marco zero simultaneamente com a mulherada de todo o mundo; nenhum país tem mais tradição que o outro em futebol feminino, daí a excelência das meninas americanas. Ou não?

Incidentalmente. Que virada deram os Heats de Miami em cima do Dallas Maverick! A série final da NBA, a liga profissional de basquete dos EUA, começou com o Dallas vencendo duas vezes seguida.

Bá, tchê! Pois não é que o time do Shaq venceu as quatro seguintes! E levou o título pra casa pela primeira vez na sua curta história!

Ah! O nome da série não foi o Shaquille O’Neil, maciço gigante de 2,16-140k, mas o esguio&fino Wade, Dwayne Wade. Ele simplesmente arrebentou! Média acima de 30 pontos! Espanto. Vai pro trono ou não vai?

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