Oh! Quanto riso! Oh! Quanta alegria! O Coxa foi a Manaus, quebrou a crista do São Raimundo (estava a mais de ano sem perder em casa), voltou à zona de classificação, espantou a crise.

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– Foi a mão mandona do Bonamigo, ouvinte de casa, do auditório?

– Não, ainda não. Foi a nunca assaz louvada ausência do Estevam. Considerável reforço pra equipe do clube de tantas glórias.

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O Coritiba mereceu vencer pelo que fez no primeiro tempo, pelas situações de gol que criou nos dois tempos, por resistir ao assédio do São Raimundo e pela simples, mortal trama que o levou ao desempate: passe luminoso do Fábio Pinto, deslocamento oportuno do Anderson, passe medido pro Ricardinho, gol. Algo como a combinação de "jabs" de esquerda completados por direto de direita. Nada mais prático, simples, funcional. Nocaute. Merecido. Justo.

Espelho, espelho meu, Fábio Pinto não tem futebol pra ser titular nesse grupo grande de jogadores do Coritiba?

Espelho, espelho meu, não é chocante o contraste entre o cinza da dupla Caio-Jeckson (sic) com os coloridos do Fábio Pinto?

Nem o belo e novo uniforme* do Atlético conseguiu exorcizar o inferno astral que deprime a equipe desde a derrota pro São Paulo na decisão da Libertadores do ano passado. Vade retro! Sus!

Como explicar a mais longa má fase da equipe desde o já remoto ano da graça em que o clube voltou pra Primeira Divisão, antes ainda da construção da arena-ferradura?

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A resposta exige oito mil páginas; simplificarei. Pra isso vou recorrer ao personagem que o Jô interpretava antes de passar às entrevistas – é a fase. E que fase! Vade retro! Sus!

Com apenas leve camisa sobre o magro corpo, Givanildo resistiu bravamente aos elementos na feiosa tarde de ontem – "o sertanejo é ante de tudo um forte". Resistirá às insanas vaias e ao insano coro da ensandecida massa?

Transmitida pro "mundo mundo vasto mundo, menos pro Brasil" não pude ver o clássico Fortaleza-Paraná Clube, exceto o finalzinho. Quando Flávio salvou o ex-tricolor de duas cores com três defesas consecutivas, à queima roupa. Olê, olá, o grande Flávio não deixa botar pra quebrar. Outra vez. Como diria o cavalheiro, aquele, nunca tantos deveram tanto a tão pouco.

Nota

* O Trétis não tem uniforme, tem enxoval. Páreo pro da Carmem M.Veiga. Conforme as estações do ano, os dias da semana, as horas, os lugares, o adversário, a importância dos clássicos e das peladas. Como não diria o crioulo doido, "comme il faut". Também, com a discreta, a inestimável assessoria do Yves Saint Laurent até eu.

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