Os suíços furaram meu bolo! Que a terra lhes seja pesada, especialmente aos que bateram tão mal, tão porcamente, os penais contra a Ucrânia. Parêntese.
O que esperar de uma rapaziada que em oito milhões de anos de paz, amor&harmonia, deu ao mundo, mundo, vasto mundo, o cuco e as contas numeradas? A piada é do Graham Greene no "Terceiro Homem" dirigido pelo Carol Reed e interpretado pelo Orson Welles.
Se a Suíça não furasse meu bolo faria 13 pontos, depositaria na conta numerada caminhão carregado de euros&verdinhas; azar o meu, azar o dela.
E pras quartas de final, cara pálida, quais seus palpites? Lembre; as célebres casas londrinas de apostas registram largo favoritismo a por ordem alfabética: Argentina, Brasil, Inglaterra, Itália.
Memo? Que maravilha! É tudo o que quero. Com a modéstia que me é peculiar combaterei à sombra, apostarei nos azarões, porei todas as fichas nas zebras. En garde!
Minha mãe, minha falecida mãe, minha saudosa mãe, passou uma vida a advertir: filho, você pode ser tudo menos profeta, bruxo, adivinho, essas charlatanices.
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia... Como adivinho, bru-xo, profeta, essas charlatanices, não ganho pro cigarro (que não fumo mais) ou pra cachaça (que não bebo mais) ou pro ônibus (que não apanho); sou pouco melhor que os chutadores profissionais da inflação, taxa de crescimento, etc. O que não me impedirá o tresloucado gesto; não tenho nada a perder palpites errados a mais, palpites errados a menos, palpites infelizes a mais, palpites infelizes a menos não farão a menor diferença. Vamos lá.
Em outra coluna cravei Alemanha, Portugal e Itália. Não mudei de idéia; continuo fiel aos meus palpites, preconceitos, idiossincrasias, sonhos, delírios e por que mudaria?
Repito: a Alemanha esmagará a Argentina; os gajos surrarão os grandalhões; a Itália passará pela Ucrânia (nesse match aposto com a maioria, no favorito). Pelo menos é o que desejo, wishfullthinking, my dear.
E nós contra a França?
Com esse quarteto o quadrado é burro, bobo, besta, burocrático: diminui nosso poder de fogo, não fortalece o meio-campo, fragiliza a defesa, não facilita o roubo, emperra a saída, impede a fluente circulação, dificulta o contra-ataque!
Com Robinho e/ou Juninho tudo é diferente, vimos com o Japão: os setores se aproximam, os blocos se fundem, se interpenetram. A defesa fica mais protegida, o meio-campo mais encorpado, o ataque mais leve, lépido, letal.
Tudo muito bem, muito bom, mas e o palpite?
Aqui, ó! Bato mesa.
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