O óbvio na cabeça

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Passe largo do Sorín, matada no peito, esquerda de sem pulo no ângulo alto. Goleiro adiantado, boba mão trocada na bola, gol. Bye-bye, México.

Valeu torcida brasileira! Valeu a figa contra los platinos. Infelizmente, o México não tem "punch"; só ganharia por pontos.

Além da excelente marcação, além dos excelentes zagueiros mexicanos, os argentinos sofreram com a lentidão do Riquelme: quando saía rápido detrás ele se encarregava de pisar fundo no freio, perder tempo (e espaço) na busca do passe luminoso. Moral, às vezes é melhor arroz&feijão no prato que caviar&champagne em sonho.

Faltas ao longo da risca da área são encrencas certas pra defesa, especialmente quando a bola vem com charme&veneno, cheia de efeitos mil. Já o córner... México 1, Argentina 1.

Liberticida, odiosa, estúpida a proibição de fumar à beira do gramado. Ao ar livre solitário fumante põe em risco 60 mil espectadores? O obscurantismo das hordas antifumo tem ser rechaçado.

Gostei dos alemães; os suecos escaparam de merecido couro já no primeiro tempo. No segundo, com homem a menos, não foram goleados graças ao goleiro, a displicência alemã e a insistência da sua artilharia nos disparos acima de 20 metros. Exceto por isso ela mostrou como se joga com homem a mais: dispersão&um toque.

O Larsen deu aula magistral de como não se executa penalidade máxima, que confundiu com tiro de meta. Sugiro que abra curso de férias. E apresente Jackson&Índio como astros convidados.

Viu o Simon? Sempre apatralhado (sic). Na hora dos panos quentes, tacape&bodurna e vice-versa. Desconfio de daltonismo.

Minhas fatigadas retinas não se cansam de rever o soberbo interior do estádio de Munique. O gramado, infelizmente, está castigadinho, a bola nem sempre come docilmente a grama: aqui, ali, lá, acolá, ela surta, saltita, pipoca, pula, esperneia. E, oh, não! há ignominiosos morrinhos artilheiros nas pequenas áreas.

O velho Russo dizia: na Europa há dois tipos de keeper: os bons e os muito bons. Se visse a Copa diria: no mundo etc., etc.

Novos palpites

Rapidamente: em 16 palpites, três erros: Polônia (Equador), Rep. Tcheca (Gana), Croácia (Austrália). E você, cara pálida? Quantos erros?

Nova fase, novos palpites, agora oito apenas – vamos lá? Alemanha (o nosso oposto, salubérrima barbárie & tenacidade); Argentina (tóco &taco); Itália (no pasarán!); Suíça (asilo de dólares &cucos); Inglaterra (sou súdito de Sua Majestade, pô); Portugal (não torcer pra terrinha é parricídio moral); Gana (no comments); França (ma passion).