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Gostou das idéias expostas nas colunas de ontem e antes de ontem, sobre os talentos em botão, sobre aquilo que num passado nem tão recente assim era conhecido genericamente como juvenil? Já esqueceu?! Então espera aí, vou refrescar sua memória, ponto e parágrafo.

A pensar melhor, acho que expus somente uma idéia, esta: se o menino* tiver futebol de gente grande ele pode, deve ser promovido imediatamente, exceto se o seu físico não resistir aos trancos, aos barrancos profissionais. Certo?

Refrescada a memória, chegou a hora de homenagear o autor, de chamá-lo à boca da cena ou como se dizia na altura (pra usar esse belo cacoete da ocidental praia lusitana) em que havia teatro, em que havia dramaturgia aqui e além mar – "o autor!" "o autor!"

O pai da criança

Cara pálida, se em algum momento, se por um milésimo de segundo, você chegou a imaginar que o autor da idéia exposta aí em cima é o locutor que vos fala, agradeço, penhorado, pois não tenho palavras pra expressar a gratidão por tão alta honra, estima, consideração.

Infelizmente, não sou o autor, não sou o pai dessa criança, o máximo que posso reivindicar é tê-la transcrito, dado forma ou redação própria; modestamente.

O autor intelectual é o velho Russo, o falecido Russo, mestre e sábio, "o sábio de chuteiras" na feliz frase do Evandro Barreto. Que será título do livro que escrevi sobre as coisas que ouvi dele, Russo, nas curtas, férteis passagens por Curitiba, a fria que satisfaz. E que se aplica à penúltima esperança coxa-branca, o artilheiro da equipe de juniores que participou da Taça São Paulo, Keirrison, de 17 anos. (Segundo o Édison Borges, treinador da equipe, o Keirrison "ainda precisa de um tempo para subir pros profissionais". Sei não, os bons de bola amadurecem fora do pé, como a maioria das frutas.)

Nota

* Na coluna de quarta-feira, escrevi que o Zico foi lançado por don Fleitas Solich em 74 num jogo contra o Atlético num sábado a tarde no Maracanã.

Ora, a memória é tão ou mais fraca que a carne, e a minha parece ter entrado em parafuso. Prontamente, o caro Antônio Carlos Carneiro Neto telefonou e corrigiu: quem lançou o Zico foi o Joubert, pois naquela altura do campeonato don Fleitas já havia partido dessa para melhor.

Logo em seguida, outro telefonema, críptico, voz de além túmulo, num irretocável portunhol, confirmava plenamente a correção do Carneiro. De quem era voz que insistia em não se identificar? Um dia depois descobri; meu amigo, conterrâneo, grande gozador, Jorge Buso. Rapazes, obrigado.

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