Oba-oba! Isto, sim, é que é uma liga digna do nome, digna de um almirante bátavo (como diria o Lula), digna de um país como o Brasil, da sua dimensão, com o seu futebol!
Oba-oba! Viva a CBF! Oba-oba, viva o Ricardo Teixeira! Oba-oba, longa vida a ela e a ele*. O homem que fez gol de placa depois de driblar quase todo o "Clube dos 13" (que são 20, sei lá, perdi a conta). E "só não entrou com bola e tudo porque teve humildade". Como o Fio Maravilha da canção do Jorge Ben, lembra?
Sim, gol de placa. Ou não merece placa a dura, a firme decisão do Ricardo? Que acolheu oportuna, sonhadora sugestão do departamento técnico: sobe-e-desce-de-quatro! Bá, tchê!
Ouvinte de casa, do auditório, quero estar bem vivinho pra presenciar o espetáculo, para apreciar a demolição. O Coliseu em dia de gala, nos seus dias de glória e esplendor, o Coliseu não dará para a saída, perderá de goleada para o nosso Brasileiro com 20 clubes, dois turnos, pontos corridos, caem quatro, sobem quatro. Aleluia!
Oh! Quanto sangue!/Oh! Quanta alegria!/Mais de mil cadáveres no salão/Arlequim está chorando pelo amor da Colombina/No meio da multidão. Pá-pará-pupá-pupá.
Que beleza, hein? Caem quatro. De quatro. Perdi a aula do madureza para o Mobral sobre percentuais, talvez erre ou me engane, mas salvo melhor juízo quatro ainda é qualquer coisa como 20% de 20. Fechou, não? Redondo. Beleza. Coisa de gênio. Bestial, bestial.
Começo a desconfiar que a CBF se inspirou na obra dos irmãos-magarefes, que mataram Santiago Nasar no dia em que se levantou às 5h30 da manhã para esperar o navio em que chegava o bispo... Como está escrito na inesquecível abertura da "Crônica da Morte Anunciada", do Gabriel Garcia Márquez.
Olha, farei uma afirmação que poderá causar espanto, perplexidade, indignação. A seguinte: mesmo sem os craques, ainda assim podemos levar ao ar o melhor, mais equilibrado, emocionante e menos previsível campeonato nacional do mundo.
Para isso precisamos de una sola cosita, no más: que a rapaziada se comporte profissionalmente. Na quarta-feira direi o que isso significa na prática.
Nota
* Que rasgação de seda, hein? Não espalhe: minha conta secreta na Bolívia está numa quota aquém do mínimo permitido, próxima de ser fechada. E sem ela não sou gente. Vai que o Ricardo lê as caprichadas mal traçadas e faz belo, anônimo, principesco depósito? Pensou? Eu, sócio minoritário da Petrobrás na exploração do gás bolivo-bolivariano? A fumar o cachimbo da paz com o Evo viu a uva? (Ave, Evo! A uva é vã, vil, volátil.)
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