Que feia festa, pá!

Portugal mereceu vencer pelas suas qualidades, a Holanda mereceu perder pela sua boçalidade, burrice, cafajestada. Os bátavos, como diria o Lula, são a eterna promessa que nunca se confirma: a equipe do Van Basten não foi exceção – uuu, fora!

Simon dormirá sossegado: impossível arbitragem pior que a desse russo. Não expulsou o brutal holandês aos sete minutos; parou o jogo com Deco a entrar na área; expulsou o Deco por nada; não expulsou o holandês que jogou Deco ao chão; etc. Atenuante: a rapaziada fez tudo pra bagunçar o jogo.

Questão ao Costinha: Oh, caro Costinha, por que bates tanto assim, rapaz, não chega, não é demais? Dizem que é de pequenino que se torce o pepino; Costinha é pequenino e de pepino destorcido.

Memo: treinador de Portugal em 66, Oto Glória, brasileiro como Felipão.

A odiosa catimba, a odiosa choradeira, as odiosas simulação-dissimulação, o odioso ranger de dentes, o odioso cai-cai não são mais monopólio latino – globalizou-se, universalizou-se.

Portugal-Holanda, cópia piorada dos piores hípicos entre Argentina-Brasil-Uruguai.

Gostei de alguns gajos: dos beques, do negro Miguel, do Maniche. Que fez bonito golo (em Portugal) e quase emplacou outro. Deco&Figo, figurinhas carimbadas.

Chato, chatíssimo

Chato&feio+violento&covarde = pior jogo da Copa: Inglaterra-Equador, interminável tédio.

Sob incompreensível direção os ingleses enterraram o velho, destemido estilo e entronizaram superdose de cautela&caldo de galinha na ação ofensiva. Horror.

(Lembre 2002: R.Gaúcho expulso, eles atrás, com medo de sair.)

Vamos nos entender: cautela defensiva, ok; cautela ofensiva, "pas du tout", definitivamente não. A retranca hoje se caracteriza não pelo número de homens que se mobiliza pra defender e sim pelo número de homens que se mobiliza pra atacar. Os ingleses têm medo de atacar.

E os "craques"? Supervalorizados. No papel, portentos; no campo, porcarias. Sobretudo o bonitinho&ordinário Beckham, um "kicker" (R. Ceni é melhor), marketing sem classe, exibicionismo sem talento, p&p sem qualidades. Bom pra revistinhas "gays".

Torci contra o goleirinho do Equador – cara pintada, mangas curtas, ceroula! Atração de realejo ou superstição, metafísica dos asnos? Engoliu frangalho. Bem feito.

Roberto Carlos é insuportável como dono do time, da bola, das camisas. Sem massa crítica para comandar equipe de botões, de estilo hípico (bicos&bicicletas), pode jogar em silêncio, com modéstia. Quem nasceu pra sargento Garcia não chegará nem a Napoleão de hospício.