Este texto, como o de ontem, não é meu, é de velho chapinha. Que publico para quebrar a onda – o Brasil rebola de salto alto.

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Meus amigos, meus inimigos, vocês sabem o amor que tenho pela seleção. Ninguém mais verde-amarelo. Mas a do Parreira está duro de engolir. É a pior de todos os tempos.

Entendam: não estou comparando com a Costa Rica ou a Costa Pobre. Estou comparando com as outras seleções brasileiras. Incrível. Ela consegue ser pior que a de 94, do mesmo Parreira.

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Seleção é centro de excelência; não admite meio-termo, meia-boca, meio-pau. Comecem pelo goleiro, goleiros: quem é o pior? No Combate Barreirinha, o Júlio César iria bem porque o glorioso Combate não está em seus melhores dias.

Nas laterais, Cafu e Roberto Carlos. Uau! Recorrerei ao cronista: ex-jogadores em atividade. E os reservas? Quem teve Carlos Alberto não pode levar Cicinho, quem teve Nilton Santos não pode levar Gilberto.

O mesmo vale pro meio campo: quem teve Clodoaldo, Falcão, não pode levar Gilberto Silva et caterva. Vamos adiante.

O que me dizem do Kaká, o endeusado Kaká, a maior fraude futebolística que a história já viu? Admirado por 11 entre 10 críticos esportivos, do Galvão Urubueno ao Juca Kfouri. Não dá. Não pode. País que teve Zico, Sócrates, Geraldo, Sicupira, Bráulio, Leivinha, Paquito, Madureira, não pode, não deve aceitar um Kaká. É provocação. Ronaldinho, o gaúcho, ok. É como na seleção de 94: lá tinha um, apenas um, o Romário. Hoje temos um, apenas um, Ronaldinho.

O resto, bem, com o resto não dá nem para gastar latim: Ronalducho é arremedo de pop star, cruzamento de Elvis Presley pós-droga com Naomi Campbell. Deveria vir imediatamente pro Rio, cuidar de boates, ser promoter da Caras. Seria 10. Em campo, é zero.

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No lugar dele, é claro, deveria estar o Nilmar, maior jogador da história recente do futebol brasileiro, um sílfide, um craque, uma rapidez e visão de jogo impressionantes, melhor que o Romário nos bons tempos. Mas ninguém tem coragem de ver ou de dizer isso. Preconceito puro. Só porque ele é parceiro de Tevez, que com certeza vai levantar a taça.

E o Ricardinho? Gente, tem futebol mais irritante, burocrático? Se encaixaria bem numa seleção suíça. Num país que tem Alex em plena atividade, jogando o fino que joga, é, no mínimo, crime. E dos mais hediondos.

Não dá para brincar com os deuses. Parreira brincou. Ele será queimado, do seu tempo não sobrará cinza. O azar está lançado. E ele cairá sobre a seleção. Que se transformará em cinza ainda na primeira fase.