O texto que lerá hoje e amanhã neste espaço não é da minha lavra, é de um leitor, velho conhecido do escriba (e fariseu?).
Ele é profissional, não da profissão dos não profissionais, da segunda mais velha profissão do mundo, não; é publicitário. E dos bons. Tão bom que acumula dois pesados cargos, dois pesados encargos na Heads: diretor de criaçon e diretor de plantaçon. Divirta-se.
Meus amigos, meus inimigos, vocês que acompanham minhas crônicas sobre a seleção brasileira desde outras copas sabem o quanto sou canarinho, o quanto torço pela bola sempre redonda do Brasil. Mas como tudo tem hora e lugar, chegou o momento do Brasil dançar; isso é tão cristalino quanto o ufanismo da nossa mídia.
Digo, afirmo: o Brasil dançará ao ritmo de um tango, fado ou marcha alemã. Nunca vi na história do futebol brasileiro tanta asnice junta. Ora, afirmar que essa seleção é a melhor, a mais favorita de todos os tempos é o mesmo que usar gravata como babador: coisa de débil mental.
Ora, nunca houve na história do Brasil time tão fraco, vacilante. Falo com conhecimento de causa. Como dos três mais profundos conhecedores das artes e manhas do ludopédio.
Lembram da última copa, quando o Brasil foi pro Oriente crucificado pela mesma mídia que hoje o vangloria? Pois é. Naquela ocasião a Argentina foi pra lá campeã. O que aconteceu? Mas vamos aos fatos. Ou aos astros. Ou a isso que chamam de jogadores.
Dida, fracasso, frangueiro. Cafu, velho, bichado. Juan, Lucio et caterva, preciso falar? Roberto Carlos, depois daquela canção, nunca mais jogou. E o meio campo, com Zé Roberto, Emerson? Ótimos jogadores pro Madureira ou o Asa de Arapiraca.
Avancemos: Kaká é a kakaretice máxima. Só por ser o que é, vestal, vou azarar, secar, torcer contra. Ronaldinho, esse, sim, merece. E tenho pena, porque será a única chama viva num deserto sem luz. Ronaldão, o gorducho, estará pensando na baranga, e aí já viu... Adriano, junto com Ronaldinho, é outro que não merece estar lá: é um bom jogador, mas como a companhia não ajuda, uma andorinha não faz verão. Agora o nosso professor.
Gente, o que é aquilo? Ele não aprende. E não fala. Parece que engoliu a boca. Do lado dele, senta o velho Lobo, que, cá entre nós, está zumbi. Por isso afirmo: ainda na primeira fase, contra o Japão, Austrália e Croácia, bye, bye, Brasil. O motivo supremo: de salto-alto não se joga futebol. Afunda na grama, não dá pra correr, pular, saltar. E o salto do Brasil está do tamanho do mundo. Só não digam que não avisei.
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