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Como está na moda dizer? Nó tático? É isso? Pois então o treinero francês deu um nó no Felipão – o grande responsável pela derrota de Portugal: escalou mal (Pauleta não joga nada), distribuiu mal o onze (covardemente), mexeu tarde (aos 68 m), não anulou Zidane, não explorou as qualidades do Cristiano R., ficou impassível diante da nula jornada do Deco, prendeu Maniche na defesa. Felipão foi um flagelo. Por nos livrar do Felipão, merci beaucoup monsieur J.Domenach.

Basta! Fora!

Em março de 64 o lendário Correio da Manhã publicou editoriais que entraram pra história: "Basta", "Fora". Ambos contra o (des)governo Goulart. Dias depois a casa caiu. Guardadas as diferenças, proporções, é mais que hora de criarmos um coro nacional: basta, Zagallo! Fora, Zagallo!

Perdedor em 74, 98, Olimpíada de 96, 2006, sem esquecer que não ganhou título estadual e/ou nacional nos últimos 30 anos, Zagallo teve a imensurável cara de pau de declarar: não costumo largar o osso; só deixarei a seleção se a CBF me mandar embora.

A que atribuir tamanho simancol num homem com a idade e títulos do Zagallo? Como explicar mais essa patética cena? (Esquecemos seu vítreo olhar no banco? Empurramos pra baixo do tapete a deprimente troca de camisas? Não lembramos seu "burro" no jogo com o Japão?) E a falta de solidariedade com o Parreira? E o que me importa a comissão técnica? E a saia-justa em que colocou a CBF?

Infelizmente, nada disso é indigno da sua biografia: não esqueci a sugestão – cínica ou obtusa? – de anos atrás, em seguida a mais um retumbante fracasso à frente da "pátria de chuteiras": estou pronto para continuar a servir ao Brasil, à Seleção*.

O repeteco em calão da desonrosa cena é mais que suficiente para o – Basta, Zagallo! Fora, Zagalo! (Este comentário é dedicado ao amigo e mestre Vinícius Coelho, que tão bem conhece e não esquece o Zagallo de outros carnavais.)

* Tataio Bettega lembrou: perdedores pedem demissão, se aposentam, mudam de país, abrem bordel, enlouquecem, se drogam, escrevem memórias, se bandeiam pro inimigo, ateiam fogo às vestes, tomam formicida, puxam o gatilho da escopeta, se jogam do Empire State, japoneses fazem hara-kiri. No Brasil afrontam: "Não largo o osso! Ainda posso servir à pátria!" Impossível mais Macunaíma.

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