E vai ser dada a partida para o Campeonato Brasileiro do ano da graça de 2006, o ano da naftalina*, ano em que não veremos o Atletiba, ano em que não veremos o clássico paranaense, ano de Copa do Mundo, ano de eleições quase gerais. "Não vai dar pra segurar/explode coração!"
A fórmula de disputa será a universal, tipo O positivo, a melhor já bolada pelo bicho homem em 2 milhões de anos. Para saber qual a melhor equipe ou a mais regular o que é quase a mesma coisa, não? só existe uma, não mais que uma fórmula: dois turnos, jogos lá e cá, pontos corridos. Mais! E melhor! Sobe-e-desce entre as divisões. Aleluia!
Belo tipo faceiro, acredite: hesitamos mais de 30 anos para adotá-la. Tentamos tudo! A cada nova temporada a velha senhora (CBF) e os clubes editavam fresquíssima besteira. Batemos todos os recordes. Chegamos abaixo de zero com a seguinte: em determinada altura era melhor perder que ganhar! Façanha que ocupa lugar de honra no quadro da estupidez humana. Olê, olá, o nosso time tá botando pra quebrar.
Ah! Sim, claro. Não esqueça, caem quatro (de quatro?). Ou 20% da turma (20 equipes). E sobem quatro. Briga de foice no escuro perde; como tem de ser; quero ver sangue, tem de sangrar, pois sem sangue não tem graça, sem sangue é jogo amistoso de caráter beneficente, à brinca.
Pularei a Segunda Divisão, bastante reforçada, bastante engrandecida, bastante honrada pelo Coritiba. Aleluia! Não é por nada, apenas quero meter minha colher no angu da fórmula da Terceira, pois a da segunda é igual à da primeira.
A rapaziada decidiu dar o pontapé inicial em agosto. Decidiu também regionalizá-la. Finalmente, decidiu pelo mata-mata na seqüência até o alegre fim. Certo?
No meu modo de entender, errado. Por mim a Terceira teria quatro grupos ou chaves de 20 (ou mais ou menos clubes). Por exemplo, Sul Maravilha (Paraná-Santa-RioGrande); SampaSó; SerraMar (Rio-ESanto-OiMinasGerais-PlanaltoCentral); BrasilMeuBrasilBrasileiroMeuMulatoInzoneiro (Nordeste-Norte).
Ou um outro critério, mais natural, como proximidade geográfica sem levar em conta fronteiras políticas. Assim os clubes do Oeste paulista juntar-se-iam (olha a mesóclise) aos do Triângulo Mineiro. Sacou?
Preciso acrescentar que a fórmula seria a mesma? Dois turnos, etc. Os campeões das quatro chaves subiriam para a Segunda; os quatro últimos da Segunda cairiam para a Terceira. E assim a gente viveria de amor. Mas isso não é tudo. Pois cabe uma Quarta Divisão. Que armarei outro dia.
Nota
* Leia a coluna desta quarta feira, 12.
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