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Bem, na coluna anterior contei o que me leva a ter xodó pelo velho de guerra Durival Britto e Silva, na Vila Capanema, rebatizada Jardim Botânico. Hoje, desovarei o que me levou a batucar tão mal traçadas linhas; com licença.

Tempos atrás, abri esse bravo matutino no caderno de Esportes, dei de cara com maquete de possível nova edição do Durival. Homem de pouca fé, não tive paciência para ler atentamente o texto. Que percorri em diagonal, a suspirar – delírio, delírio, delírio. Mas como dizia a velha senhora, aquela, nada como um dia depois do outro.

Não sei se contei que sou andarilho da pesada – só não disputo a prova olímpica da marcha porque sou cavalheiro bem educado, esportista à antiga, daqueles que preferem perder a medalha a humilhar os adversários, a ver suas respectivas genitoras (alô, mamãe) a chorar de desgosto, frustração. Muito bem.

Num domingo desses enverguei o discreto uniforme que me ampara e protege nas longas marchas, consultei rapidamente os astros, pedi assessoria meteorológica ao Iwamoto, decidi: vou dar uma banda lá pelo Botânico. Respirei fundo. Parti.

A big surprise

Como é mesmo que o poeta disse talvez imortalmente? Ah! Entre a intenção e o gesto cai a sombra ("fall the shadow", em língua de índio). Meu senso de direção não é lá essas coisas, ao contrário, é páreo para as baratas bêbadas (me recuso a escrever bêbedas). Sem bússola, me extravio entre a alcova-e-a-toillete. E de repente, ali pelos 15 minutos do segundo tempo, assim como quem não quer nada, quase de supetão, eis-me chegado à face oeste do querido estádio. Tchan-tchan-tchan.

Ih! Rapaz! Eu vi com esses míopes olhos que a terra um dia não há de comer, pois vou doá-los, ambos, à mancheias. Repito, eu vi, ninguém me contou. Pois não é que o pessoal está mesmo a trabalhar. Duramente, diuturnamente. Para transformar o Durival numa gracinha para 18 mil pessoas bem sentadinhas, bem acomodadinhas, bem protegidas dos assim chamados elementos. Beleza, hein? Mas ainda não é tudo.

A tchiurma também está a pensar na moçada, nos profissionais, nos atletas, nos jogadores. Que serão premiados com novo gramado, verde que te quero verde, sem os incontornáveis problemas que perturbam os gramados do Couto Pereira e Joaquim Américo: lá, a drenagem estanca na beira do gramado; aqui, ausência de sol-base frágil desprendem áreas laterais. Quem nasce lá na Vila/Nem sequer vacila.

Total? O Paraná Clube disputará o Brasileiro no novo Durival, no novo gramado. Adeus, exílio! Adeus, burrão! Olê-olá. Aleluia!

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