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A Copa Sul-Americana continua sendo, para os times brasileiros, mais um estorvo do que a possibilidade de obter uma vaga na Libertadores do ano seguinte.

A Chapecoense é uma exceção. Mais como zebrinha do que resultado de alguma coisa planejada.

O curioso do descaso com a interessante Copa Sul-Americana é que se fosse levada a sério poderia trazer ótimos resultados esportivos e financeiros para os nossos clubes.

A competição continental paga o preço de ser disputada exatamente no momento em que os times do Campeonato Brasileiro contornam a curva de chegada e entram na reta final. Sem esquecer da Copa do Brasil em sua fase decisiva. Culpa do nosso calendário malfeito e caótico.

Mas os cartolas trataram de aumentar a confusão com a recriação da Copa Sul-Minas, agora chamada de Primeira Liga, que certamente vai atropelar a pré-temporada e a participação das equipes nos campeonatos estaduais.

Eles pensam que são espertos e inteligentes, mas estão apenas alimentando a completa estagnação da gestão do futebol brasileiro.

Brigam pelas verbas da televisão, mas não conseguem apresentar produto de qualidade. No caso do Campeonato Paranaense, por exemplo, o Atlético tratou de sabotar a disputa em diversas edições colocando em campo o time sub-23.

Quando escalou a formação principal, conseguiu o título depois de seis anos na fila e proporcionou grande satisfação para sua torcida.

A paixão que move os clubes devia ser trocada pela racionalização orçamentária. Eles continuam gastando mais do que podem e não conseguem equilibrar as receitas. A conta não fecha nunca.

Atletiba

A dupla Atletiba entra em campo domingo com objetivos bem distintos: enquanto o Coritiba tenta afastar-se definitivamente do rebolo na luta contra o rebaixamento, o Atlético tenta mostrar que tem cacife suficiente para ganhar um lugar na Libertadores.

O Coxa receberá o Galo mineiro com a missão de voltar a vencer depois de uma sequência difícil. O retorno de alguns titulares importantes deve encorpar o time que tentará se impor a um dos elencos mais caros do país e que se qualificou para as finais da Copa do Brasil.

O Furacão jogará em gramado natural, onde não tem conseguido resultados satisfatórios. A exceção foi no triunfo sobre o Coritiba, na Vila Capanema, quando os jogadores aproveitaram para reclamar das críticas recebidas. Mas a frustração na derrota para o América-MG provocou o tema grama sintética de novo.

Houve até considerações exageradas de alguns comentaristas em torno do gramado artificial da Arena da Baixada.

Basta vencer o Vitória para mudar o tom da conversa.

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