Tão importante quanto ser campeão ou conquistar uma vaga na Libertadores é a cor do dinheiro que rola a cada nova temporada do futebol.

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Comercializado a última potência, de há muito tempo o futebol deixou de ser mero esporte transformando-se em grande negócio. E, no mundo do business, conta muito quem se classifica para as competições mais importantes e, conseqüentemente, mais rentáveis. É assim que funciona aqui e, sobretudo, na Europa onde os valores envolvidos chegam a dar água na boca dos cartolas brasileiros.

Se Grêmio e Palmeiras engalfinham-se na busca do título; Cruzeiro e São Paulo já se satisfazem com o faturamento e a promoção na vitrine da Libertadores. Mas Flamengo, Botafogo, Coritiba, Goiás, Internacional e outros também têm os seus sonhos de consumo.

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Os brutos também jogam

No antológico faroeste "Os brutos também amam", a trama é mostrada a partir do ponto de vista do menino que enriquece o filme, encantado com a habilidade do pistoleiro Shane , interpretado por Alan Ladd.

Pois no futebol não é diferente: toda a emoção do jogo é captada pelas retinas dos torcedores e, dependendo da sua paixão, um jogador é idolatrado ou odiado.

Só os zagueiros viris eram respeitados tanto quanto os antigos pistoleiros do velho oeste americano. E não se fazem mais beques de área como antigamente.

Lúcio, o modelo de beque que mais se aproxima do que ficou conhecido como xerifão, é muito técnico perto de Pavão, Pinheiro, Valde--mar Carabina, Bellini, Orlando, Brito, Rondinelli, Moisés e outros que limpavam a área na caça aos artilheiros.

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No futebol paranaense também tivemos zagueiros que não davam folga aos atacantes, espalhando braços e pernas causando verdadeiros estragos nos atrevidos que invadiam a grande área:

Arnaldo (Guarani), Ribamar e Candinho (Operário), Américo e Titure (Água Verde), Fernando Knaipp (Ferroviário); Tocafundo (Atlético), Nico e Oberdan (Coritiba), Pescuma e Geraldão (União Bandeirante), Pinduca (Grêmio Maringá) foram alguns que deixaram os seus nomes gravados nas canelas dos adversários.

Com a recente morte de Chicão foi-se um pouco da história dos chamados "deuses da raça".

Paraná flex

O Paraná sobe e desce no campeonato ao sabor do vento com a maior flexibilidade. A torcida continua angustiada já que o fantasma do rebaixamento para a Terceira Divisão continua rondando a Vila Capanema.

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Depois da péssima apresentação de anteontem, quando foi literalmente engolido pelo Jacaré – apelido do Brasiliense –, parece óbvio que a equipe continua padecendo de antigos problemas que o técnico Comelli ainda não conseguiu resolver. Porém, é importante salientar que quando Leonardo joga, com sua experiência e posicionamento no ataque, o time fica mais encorpado e os garotos rendem mais.

carneironeto@gazetadopovo.com.br