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Em praticamente todas as Copas do Mundo a história se repetiu. Sempre apareceu uma seleção de menor tradição para se meter entre os bichos-papões do torneio.

Na Copa de 1994 foi a Suécia, semifinalista tanto quanto a Croácia em 1998 ou a Turquia e a Coréia do Sul em 2002.

Os exemplos são muitos através dos tempos e poderia fazer uma extensa lista das cinderelas – equipes que, após uma brava campanha, acabam sucumbindo diante dos favoritos de sempre: os campeões mundiais.

Entendam como campeões mundiais Brasil, Alemanha, Itália e Argentina, nessa ordem, pois o Uruguai entrou em processo de decadência e França e Inglaterra, em que pese a tradição de ambos, jamais conseguiram repetir as performances dos grandes times que tiveram nos anos em que se tornaram campeões jogando em casa.

Agora é a vez de Portugal e Ucrânia figurarem no meio dos campeões mundiais, sendo que o time de Felipão reúne condições técnicas de surpreender a fria Inglaterra. O mesmo não posso dizer da Ucrânia, que proporcionou com a Suíça o pior jogo deste Mundial. Mesmo aos trancos e barrancos, como sempre, a Itália deve passar para as semifinais.

O Brasil possui melhor time que a França e conta com individualidades respeitáveis, porém vem apresentando um futebol de segunda categoria. Tem sido muito econômico o selecionado brasileiro, limitando-se a garantir o escore e administrar a vitória mesmo a um custo perigoso.

Os alas continuam jogando mal, a meia-cancha apresenta-se lenta e com pouca criatividade e não se sabe a razão que leva o técnico Parreira a insistir com a escalação de dois avantes, ocupando o mesmo espaço com pouca mobilidade.

A seleção brasileira desta Copa, apesar da quantidade de craques, lembra no plano tático e na forma de atuar aquela se sagrou tetracampeã na cobrança de pênaltis na partida final com a Itália.

A França consegue ser mais vagarosa que o Brasil e toda a ação do time orbita em torno do veterano Zenedine Zidane, um deus do futebol que está dando adeus com a marca de grande craque. O seu gol contra a Espanha foi pura inspiração: o pique, o corte no zagueiro e o chute no contrapé do goleiro.

Mas, mesmo com as deficiências mostradas e as teimosias de Parreira, a seleção reúne condições de passar pelos franceses e chegar às semifinais, ainda como favorita ao título.

Amanhã, Alemanha e Argentina têm tudo para a realização do jogo mais disputado e mais emocionante do torneio até agora. Será o duelo da força germânica com a técnica argentina.

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