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Como as boas coisas da vida vêm sempre aos pares, recordamos hoje dobradinhas do rádio esportivo.

Provavelmente a dupla mais aclamada foi Pedro Luís e Mario Moraes, famosos pelas antológicas transmissões dos jogos que levaram a seleção brasileira à conquista da sua primeira Copa do Mundo, em 1958, na Suécia. Também fazia parte da equipe, na rádio Bandeirantes, o locutor Edson Leite, mas foi Pedro Luís que se consagrou como o narrador mais preciso de todos os tempos.

A salvo dos sotaques, o paulista Pedro Luís foi o profissional do rádio esportivo que melhor soube educar a bola e tratá-la com respeito e seriedade. Ele não promovia a pirotecnia de Waldir Amaral, a poesia popular de Fiori Giglioti ou os malabarismos descritivos de Oduwaldo Cozzi.

No passado profundo o par mais conhecido foi Antonio Cordeiro e Jorge Curi, na Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. Fiori formou dupla antológica com Mauro Pinheiro, assim como Haroldo Fernandes e Carlos Aymar, Doalcei Camargo e Rui Porto, Orlando Baptista e Ademir Menezes, Osmar Santos e Loureiro Jr, José Silvério e Orlando Duarte, José Carlos Araujo e Washington Rodrigues.

O rádio esportivo paranaense começou com Jacinto Cunha e Jofre Cabral na velha Bedois, seguindo-se na tradicional rádio Clube Pedro Stenghel Guimarães e Boris Musialowski, Willy Gonser e Marcos Aurélio de Castro, Airton Cordeiro e Osmar de Queirós, Ney Costa e Vinicius Coelho, Carneiro Neto e Munir Caluf, Lombardi Junior e Capitão Hidalgo, Edgar Felipe e Sicupira.

Formei dupla com o intrépido Mafuz nos microfones da Universo, Independência e Cidade.

Fuad Kalil foi o camisa 10 e Fernando Cesar marcou época ao lado de Dionisio.

Fizeram tabelinha na rádio Guairacá Túlio Vargas e João Feder, Aloar Ribeiro e Clemente Comandulli, Silvio Ronald e Borba Filho; na Marumby, Rinoldo Cunha e Raul Mazza; na Cidade, Luis Augusto Xavier e Capitão Hidalgo, e Carneiro Neto e Valmir Gomes, que levaram o futebol para as rádios CBN e Banda B, com Edgar Felipe e Fernando Gomes, Marcelo Ortiz e Sicupira.

Escrevi um pouco na terceira pessoa porque tive o privilégio de trabalhar com os melhores profissionais nos últimos 50 anos, comentaristas e repórteres.

A televisão também teve dobradinhas nas transmissões esportivas: Fernando Solera e Leônidas da Silva, Walter Abrahão e Geraldo Bretas, Geraldo José de Almeida e João Saldanha, Luciano do Valle e Sergio Noronha até os dias de Galvão Bueno e Arnaldo Cesar Coelho.

Na tevê local ficaram gravados os nomes do pioneiro Maurício Fruet; Vinicius Coelho e João de Pasquale; Silvio Ronald e Luis Alfredo Malucelli; Nestor Baptista e Munir Caluf.

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