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Apesar da tumultuada semana que antecede à largada do Campeonato Paranaense estamos à espera do melhor.

Entenda-se por melhor um campeonato com começo, meio e fim sem sobressaltos ou interrupções por conta de ações judiciais na esfera esportiva, ou mesmo fora dela.

O que está acontecendo é resultado das mazelas da crônica e deficiente administração da Federação Paranaense de Futebol agravada pelo desgaste do Tribunal de Justiça Desportiva depois da lamentável conclusão do caso conhecido como "Os Bruxos".

Estamos, portanto, diante de um caso inusitado: a Federação não consegue resolver o problema e o TJD está desautorizado pelo Superior Tribunal da CBF a tratar da matéria.

Deixemos o surrealismo da situação de lado e tratemos apenas do futebol dentro de campo, partindo do pressuposto que tudo será decidido exclusivamente no interior das chamadas quatro linhas do gramado.

Esvaziado pela concorrência com a Copa do Brasil e a Taça Libertadores da América, torneios disputados paralelamente e com apelo maior, e pela falta de criatividade dos seus organizadores o que menos o Campeonato Paranaense precisava agora era de uma confusão dessa natureza.

Claro que os campeonatos estaduais perderam o charme há muito tempo, porém com um pouco de planejamento e boas idéias eles ainda conseguem mexer com o torcedor. Basta verificar o contínuo sucesso do Campeonato Paulista, supervalorizado pelos anunciantes e pelas redes de televisão, e a curiosa iniciativa da Federação Goiana que contratou um jogador para cada time aumentando a expectativa do campeonato.

Basta ter credibilidade para conquistar patrocinadores e, conseqüentemente, mostrar atrativos extras que poderiam envolver o torcedor em um clima de emoção durante o campeonato. Está provado que, hoje em dia, se o marketing de qualquer tipo de produto não for bem feito – e o futebol tornou-se produto comercial de grande escala e com enorme potencial – dificilmente ele conquistará o seu espaço no mercado. O público consumidor ficou exigente e muito mais seletivo em suas escolhas, sobretudo na área de lazer.

Aqui, lamentavelmente, tudo é feito na base da improvisação e sem consenso entre os clubes.

Mas, mesmo assim, esperamos pelo melhor, especialmente porque contamos com o surgimento de novos e bons jogadores sem esquecer de que, dentro de suas possibilidades, os clubes contrataram reforços e revelam estar empenhados na disputa do título.

Esperamos que, desta feita, os grandes clubes apresentem maior capacidade técnica e possam manter a tradição de decidir o campeonato em clássicos tradicionais, únicos jogos capazes de despertar o interesse das multidões para a lotação dos estádios.

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