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Nutro grande respeito pelo torcedor comum do futebol. Não fora o seu amor desbragado pelo time de coração, a tolerância com inúmeras cretinices dos cartolas, erros graves de arbitragem e a paciência de acompanhar o ritmo alucinante dos jogos em diversas competições, o futebol estaria bem pior neste lado de baixo do Equador.

O excesso de dinheiro que corre e a política, ou politicagem, praticada pela maioria dos dirigentes, indica ainda não ter chocado, plenamente, o ingênuo torcedor. Pelo menos ao ponto de perder um pouco essa aura de fantasia que sempre alimentou os sonhos e as ilusões do futebol.

Basta acompanhar o ritmo frenético nas primeiras semanas do ano. Em vez de terem sido reservadas para uma imprescindível boa pré-temporada, foram ocupadas pelo início de todos os torneios do mal elaborado calendário da CBF e da Conmebol.

Portanto devemos ser criteriosos com as atuações, compreender as dificuldades encaradas pelos treinadores e, sobretudo, os preparadores físicos.

O trio da capital apresenta-se como visitante nesta quarta feira. Ou seja, cada um terá o seu desafio particular para superar e garantir os resultados que permitirão a continuidade dos seus projetos.

Trio visitante

O teste mais difícil será do Atlético que, mesmo com a vantagem de jogar pelo empate por ter vencido a primeira partida desta fase da Libertadores, terá pela frente uma equipe tecnicamente qualificada. Nada excepcional, é verdade, mas o poder de o Millonarios circular a bola impressionou ao ponto de sufocar o Furacão em plena Arena da Baixada.

O antídoto a ser aplicado, no meu modo de analisar, é tentar usar os mesmos recursos como visitante. Ou seja, em vez de encolher-se na defesa seria conveniente que o técnico Paulo Autuori acertasse na escalação do meio de campo, propiciando a oportunidade de o time sair para o jogo e oferecer alternativas para Pablo e Grafite na marcação de gols. Para isso, a saída de bola deveria ser rápida e a marcação alta no campo do adversário.

Atropelados pelo calendário, Coritiba e Paraná já se enfrentaram no Estadual e, agora, interpretam o novo regulamento da Copa do Brasil: jogo único nas duas primeiras fases.

O detalhe importante é que os nossos representantes carregam a vantagem do empate, que não é pouca coisa diante dos bravos Vitória da Conquista e São Bento.

Carpegiani e Wagner Lopes lamentam a falta de tempo para melhor condicionamento, mas confiam no que já conseguiram transmitir aos jogadores nos últimos dias.

O Paraná deu-se ao luxo de poupar titulares e por isso mesmo acabou derrotado no clássico de domingo.

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