Com o mundo em crise, nem o rico futebol conseguiu escapar da falta de investimentos, do dinheiro curto e da ausência de prognósticos confiáveis para o final do ciclo que abalou a economia de todos os países. Mais do que nunca o futebol brasileiro terá de descobrir novos talentos em suas divisões de base.
Os grandes clubes trabalham, há algum tempo, com a máxima atenção nas categorias de força com o objetivo de descobrir novos talentos, os quais, não raras vezes demoram a florescer.
Para evitar avaliações precipitadas, que já aconteceram aos montes em diversos clubes, o São Paulo, o mais organizado do país, resolveu bancar o Toledo Colônia Work aqui do Paraná. O clube paulista paga os salários de 17 dos 38 jogadores do time de Toledo e o diretor de futebol amador justifica que "a base tem que virar uma unidade de negócios no São Paulo".
Dezenas de bons jogadores foram revelados na última Copa São Paulo e, dentre os times paranaenses, o Atlético foi aquele que mais se projetou. Após férias de um mês, os garotos atleticanos estão de volta e todos aguardam o critério do técnico Geninho para o aproveitamento daqueles que mais se destacaram. Merecem, no mínimo, as mesmas chances concedidas a alguns veteranos que se arrastaram em campo nas primeiras rodadas do Campeonato Paranaense.
Óbvio ululante
A falta de imaginação dos dirigentes da Federação Paranaense de Futebol é endêmica, pois parece um vírus que passa de uma diretoria para outra. Antigos vícios são mantidos e patacoadas são repetidas, culminando com a discussão em torno do artigo 9º do regulamento do campeonato. Diz o artigo na parte mais absurda que "na segunda fase se enfrentam em turno único com mando de campo da EPD vejam só como se referem a clube: Entidade de Prática Desportiva que tiver melhor classificação na fase anterior".
Não existe nenhum tipo de dubiedade e nem cabe interpretação, pois o texto é burro e conclusivo. Quem terminar a primeira fase na frente joga maior número de vezes em casa.
Surpreendentemente, a Procuradoria Desportiva do TJD propôs uma "Ação Declaratória" para interpretar o que surge cristalino.
Além do mais, o Estatuto de Defesa do Torcedor veda qualquer tipo de modificação. É o óbvio ululante do imortal Nelson Rodrigues.
Parabéns
Esta de parabéns o Juizado Especial Criminal de Pinhais, que se utilizou do artigo 39 do Estatuto de Defesa do Torcedor e puniu os baderneiros que promoveram quebra-quebra no terminal de ônibus do município vizinho, antes do Atletiba.
Eles foram impedidos que frequentar os estádios, obrigados a se apresentar à policia durante os jogos do Atlético, pois os punidos foram identificados como seus torcedores. Punição inédita no Paraná e que deveria ser ampliada.
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