Os campeonatos estaduais, no molde que conhecemos, sobrevivem por interesses políticos da CBF e das federações, com a conivência dos grandes clubes, que já deveriam ter criado a própria liga há muito tempo. Como abrem a temporada e os principais times estão de olho nas competições de maior envergadura que se aproximam, os estaduais servem como laboratório.

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Entendido desta forma, é compreensível a lenta marcha do técnico Cristóvão Borges nas duas partidas em que o Atlético, mesmo não jogando uma maravilha, venceu. Fala-se na invencibilidade da zaga nos primeiros jogos do ano e como não quero ser estraga prazer, até porque firmei um pacto unilateral de boa vontade com o futebol, sendo menos exigente e moderando nas críticas, vou fazer apenas um registro: antes de marcar o primeiro gol, em Ponta Grossa, a defesa atleticana permitiu que os atacantes do Operário ficassem quatro vezes cara a cara com o goleirão Weverton.

Desculpe-me, Cristóvão, mas para enfrentar adversários de maior porte essa zaga precisa de Thiago Heleno o quanto antes.

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Quanto a Léo, Marcos Guilherme e Cryzan, que vêm jogando muito abaixo do esperado, trata-se claramente de prelúdio para visar o passaporte para o banco de reservas. Está na cara que Eduardo, André Lima e Anderson Lopes, dividindo as honras com Walter, serão os titulares. E ainda tem o Nikão.

Quanto ao Coritiba, o treinador Gilson Kleina esta conseguindo firmar-se com duas goleadas. A ideia é essa: aproveitar a fragilidade dos adversários do Estadual, sedimentando propostas estratégicas para tentar voos mais ousados nos torneios que efetivamente contam.

O Coxa cumpre satisfatoriamente o papel, com o importante aditivo de estar recuperando o prestígio do atacante Kléber, que foi às redes cinco vezes em duas apresentações.

No campeonato passado o jovem Raphael Lucas adquiriu a titularidade marcando gols que, lamentavelmente para ele e para o time, faltaram nas finais com o Operário e no Brasileiro. O garoto perdeu espaço e agora todas as fichas do comando técnico são apostadas no experiente Kléber.

Importante ressaltar que o sistema defensivo adquiriu nova configuração e, consequentemente, postura mais segura. Claro que estamos tratando de confrontos com rivais tecnicamente fracos, mas que servem como plataforma de observação para o futuro.

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Efabulativo: Antigo café Ouro Verde, na Boca Maldita – quando os futebolistas se reuniam em frente à sede da Federação – o cidadão entrega a ficha e espera ser servido quando a atendente gentilmente pergunta:

- Com açúcar?

- Não, senhorita.

- O senhor é diabético?

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- Não, sou candidato a vereador...