Como a história não se repete nunca da mesma maneira, o cenário montado pelos fados – que como o revisor deve saber são fatos – pode ter muitas semelhanças com aquele na véspera da decisão do ano passado.

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O Operário fez 2 a 0 em Ponta Grossa e pisou no gramado do Alto da Glória com chances reais de realizar o centenário sonho de tornar-se campeão pela primeira vez.

O Coritiba teria de partir para o ataque em busca dos gols que provocariam a reviravolta nos prognósticos e garantiriam a conquista do título estadual.

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A marca do gol estava no ar.

Todos sabiam quanto um gol feito pelo Fantasma aumentaria a carga de responsabilidade e tornaria a missão coxa-branca mais complicada de ser cumprida. Os jogadores disputaram o primeiro tempo inteiro e nada de gols. Nem mesmo oportunidades efetivas ocorreram, abatendo o ânimo da grande torcida alviverde que pressentia momentos de angustia na etapa complementar.

E foi exatamente o que aconteceu. O Coxa pressionou, porém sem êxito na tentativa de furar o bloqueio defensivo. E, nos contra-ataques, o Operário construiu uma goleada inesquecível para a sua grande legião de torcedores.

A pouco mais de 60 horas do início do aguardado Atletiba final todos se perguntam: o Coritiba conseguirá a façanha de devolver a goleada sofrida na Baixada e dar a volta olímpica domingo?

As estatísticas e a própria história do Campeonato Paranaense revelam que jamais aconteceu reviravolta de tamanha magnitude.

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E apenas em uma ocasião recente a equipe perdedora na primeira partida conseguiu sagrar-se campeã na segunda. Por ironia histórica aconteceu exatamente com o Atlético em cima do Coritiba, na decisão do título de 2005.

Mas a diferença era de apenas um gol. Domingo haverá a necessidade de uma profusão de gols para que se mude o panorama.

Partindo do pressuposto de que o experiente Paulo Autuori determinará que o seu time entre em campo seguro na marcação, consciente da sólida vantagem construída e com apetite para marcar gols e liquidar a fatura sem sustos, o torcedor atleticano pode ir preparando a festa.

Da mesma forma, imaginando que o estudioso Gilson Kleina orientará o seu time no sentido de tomar cuidados defensivos para evitar surpresas, mas com o espírito de atacar com as velas despregadas desde o apito inicial, o torcedor alviverde pode ir ao estádio confiante na virada.

Com essa proposta, provavelmente teremos um clássico eletrizante, ofensivo, com times voltados para o ataque, com muitos gols, grandes alternâncias do começo ao fim.

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Este seria o cenário ideal para encerrar o campeonato em grande estilo e premiar o melhor time com a faixa de campeão.