Com o Coritiba na Segunda Divisão, mas colocando o dobro de público do Paraná; com o Atlético em uma crise técnica sem fim e colocando mais que o dobro de publico, o Tricolor leva a vida feliz. Com dificuldades, mas feliz.
Mesmo sem possuir uma torcida que mantenha grande média de freqüência, mesmo sem contar com os recursos financeiros da dupla Atletiba na divisão do bolo televisivo, mesmo tendo de recorrer a jogos no interior ou submeter-se a anúncios horrorosos na camisa, como no último domingo, o Paraná consegue viver feliz.
Tudo porque a sua diretoria é coerente e sabe escolher os técnicos e os jogadores. Tanto que o clube vem mantendo excelente média nas últimas temporadas e, desta feita, disputa diretamente o título com os bichos-papões nacionais.
Dá-lhe, Rigoni!
Dá-lhe, Rigoni!
A expressão, originária de um tango do argentino Marco Gutierrez, em 1948, faz parte do folclore turfístico como reconhecimento àquele que foi o maior jóquei brasileiro.
Um jóquei elegante, corajoso, ousado, inteligente, frio, calculista, consciente tudo isso produto de uma convivência com cavalo iniciada antes dos 7 anos, em Curitiba, onde nasceu.
Aos 17 anos, nos seus 1,63 m e 52 quilos, Luiz Rigoni deixou o hipódromo do Guabirotuba, em Curitiba, e foi fazer fama no hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, ganhando corridas importantes lá; em Cidade Jardim, na ca-pital paulista; nos hipódromos de Palermo e San Isidro, em Buenos Aires; La Plata e por aí afora.
Ganhou muitos prêmios como o "Homem do Violino", uma criação do compositor e turfista Luis Reis, porque ele corria passando o chicote entre as orelhas do cavalo.
Rico e famoso, Rigoni fez parte do cenário esportivo e social do Rio de Janeiro durante quase 60 anos. A primeira glória foi a conquista do Grande Prêmio Brasil, em 1954, com El Aragonês.
Foram muitas emoções de uma vida intensa desse curitibano que, em cima de qualquer cavalo, levantava a platéia da Gávea quando apontava na reta de chegada, na frente ou atropelando, rumo a mais uma vitória.
Dá-lhe Rigoni!
No final da semana passada veio a notícia da morte de Luiz Rigoni, na véspera de mais um Grande Prêmio Brasil.
Quando os alto-falantes anunciaram o seu nome no Jockey Club Brasileiro o público em peso consagrou-lhe a derradeira salva de palmas, enchendo de emoção a tarde do maior acontecimento turfístico nacional e todos compreenderam o que representou Luiz Rigoni, o maior jóquei de todos os tempos.
Dá-lhe Rigoni!
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