O mundo dos nossos tempos não é dado a veleidades ou sonhos, exigindo cada vez mais dedicação, responsabilidade e trabalho para que as dificuldades sejam superadas e, dentro do possível, os objetivos alcançados.
No futebol não é diferente. Antes dos jogos temos lido e ouvido muitas declarações, tais como manter a liderança com muitos gols, ganhar destaque internacional, dar a volta por cima para provar o valor do grupo e outras frases feitas.
A vida como ela é parece dura e cruel. Pelo menos foi assim para os nossos times.
Depois do vexatório 5 a 0 para o Botafogo, dentro da Arena, só restava ao Atlético o caminho da recuperação a qualquer preço. Então foi feito exatamente aquilo que havia faltado naquela partida: dedicação desde o apito inicial, marcação, empenho e velocidade. No jogo com o Botafogo o time atleticano, vindo de três vitórias consecutivas, ganhou ares de Barcelona e entrou meio mole em campo, naquela base de tentar vencer tocando de leve na bola e "envolvendo naturalmente o adversário". Deu até pena.
Anteontem, ao contrário, o time, tecnicamente irregular, voltou a jogar no limite e engoliu o Paraná apresentando-se como Furacão para alegria de sua torcida.
O Paraná, que vem em queda livre desde a perda do turno honorífico para o São Paulo, só marcou o gol graças a falha grotesca do zagueiro João Leonardo, pois confundiu-se em campo, teve Beto novamente expulso e nem mesmo conseguiu aproveitar o pênalti mal marcado pela arbitragem.
Caio Junior já usou todo tipo de discurso na busca de argumentos para justificar as cinco derrotas consecutivas. Porém, parece claro que a equipe descambou desde que o avante Leonardo lesionou-se e Maicosuel deixou de praticar o futebol que vinha mostrando antes de ser citado por Dunga como uma das revelações que poderiam ganhar uma chance na seleção em fase de renovação.
Portanto, o técnico não precisa dar tantas explicações. Deve apenas exigir melhor rendimento de seus comandados, além, é claro, de rezar pela volta de Leonardo, que anda fazendo uma falta daquelas.
Alberto, Jefferson, Eanes, William, fazem parte da variada coleção de avantes do Coritiba nesta temporada. Com a lesão de Anderson Gomes, o técnico Bonamigo tem reclamado, com razão, da falta de pontaria do ataque, sobretudo após a inexplicável derrota para o fraco Guarani.
O drama coxa-branca é sério, pois todos sabem que o grande camisa 9 é mesmo o garoto Keirrisson, em recuperação.
Nenhum dos atuais atacantes alviverdes reúne as condições técnicas de Keirrisson, a maior revelação do clube desde o consagrado meia Alex, hoje no futebol da Turquia.
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