O grau de exigência da mídia mundial com a seleção brasileira chegou a um ponto em que ela não se contenta apenas com a vitória, exige espetáculo. Ou seja, se não for acompanhado de show de bola não vai adiantar nada vencer a Austrália.
Aliás, a imprensa é pródiga em exageros, tanto que, ontem, apontou a Argentina como a nova maior favorita à conquista do título por ter goleado a seleção de um país que não existe mais. E que, além de não jogar nada, se deu ao luxo de desprezar a convocação de Petckovic.
Mas a liberdade de expressão é abençoada tanto quanto a vitória no futebol é doce.
Em Copa do Mundo, opinião, todo mundo tem, e dá livremente: Ronaldo está gordo, Ronaldo está forte, Roberto Carlos ri do que quando joga?, Cafu agüenta o tranco até a hora de erguer a taça?, Ronaldinho Gaúcho vai explodir hoje?, Adriano conseguirá voltar a marcar gols?, O time está velho?, Parreira sabe o que está fazendo? Emerson não cria e por aí afora.
O futebol em tempo de Mundial é uma das nossas melhores e mais divertidas formas de convívio humano, porque aproxima, aquece as relações entre as pessoas, mesmo através de opiniões contrárias, divergências e mesmo brigas; em poucas outras circunstâncias, os brasileiros se mostram, oferecem, revelam mais de si, de suas personalidades, temperamentos e valores, do que em uma discussão sobre a seleção brasileira numa Copa do Mundo.
Depois de tantos anos convivendo no meio futebolístico e ouvindo todos os tipos de pessoas e personagens através dos tempos, cheguei à conclusão de que o fator psicológico é tão ou mais importante que os outros fatores. Ou seja, o estado emocional dos jogadores precisa estar no mesmo nível da parte tática, técnica e física.
Quando se oferece muito favoritismo a uma única equipe ela começa a sentir o peso da responsabilidade e, em alguns casos, individual ou coletivamente, acaba não suportando a carga. Só os resultados mostrarão se este é o caso do Brasil. Na Copa passada, França e Argentina sucumbiram ao próprio favoritismo.
O Brasil terá de superar este pequeno drama, jogar com muita determinação e dar a volta por cima na Austrália para abrir novos caminhos na competição. Será importante o time se unir, jogar com o único objetivo do título deixando de lado as vaidades pessoais e os individualismos que não ajudam em nada.
O momento é de concentração absoluta para que os jogadores possam mostrar em campo que estão em condições de enfrentar qualquer adversário com superioridade tática, técnica, física e psicológica.
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