Messi jogando nos remete às lembranças de craques inesquecíveis que conseguiram transformar a pratica do futebol em arte.
Nunca vi Leônidas da Silva e Zizinho jogarem, e assim mesmo nunca duvidei das maravilhas que falavam deles; conheci a arte de gênios como Di Stefano, Didi e Puskas através das raras imagens de filmes. Em compensação vi Pelé, Garrincha, Tostão, Gerson, Rivelino, Ademir da Guia, Zico, Romário, Ronaldo e os internacionais Beckenbauer, Overath, Cruyff, Platini, Conti, Scirea, Baresi, Maradona, Van Basten, Matthaus, Zidane e outros que arrebataram as plateias.
A cada Copa do Mundo um craque deixa marca indelével e a curiosidade, agora, é descobrir qual deles se destacará mais.
Os ingleses apostam em Rooney, os portugueses em Cristiano Ronaldo, os brasileiros em Kaká, os espanhóis em Fabregas, os argentinos em Messi e a sorte foi lançada na bolsa de apostas.
Na Copa de 1950, Zizinho brilhou, mas o título ficou com os uruguaios tanto quanto o húngaro Puskas empolgou quatro anos depois, mas a festa foi dos alemães. Didi foi aclamado em 1958 e trouxe a taça para casa com Garrincha repetindo o feito no bicampeonato.
Bobby Charlton garantiu o título e boas apresentações para os ingleses, coisa que o espetacular Cruyff não conseguiu ao ver o título escapar para a Alemanha. Entre eles, Pelé virou deus da bola e Atleta do Século na conquista do tri em 1970.
O argentino Passarela foi completo na conquista de 1978, enquanto os brasileiros encantaram em 1982, porém a glória foi dos italianos.
Maradona repetiu Garrincha e praticamente ganhou sozinho a Copa de 1986. Mas que culpa tem Maradona se a ele e somente a ele , como se não bastasse a habilidade dos pés, foi dado o direito de usar também as mãos? No mundial seguinte, Maradona deixou o campo em lágrimas na derrota para os alemães, pois não teve o esforço recompensado para mais um título de seu país.
Romário reinou nos Estados Unidos e Zidane arrebentou dentro de casa, cabendo a Rivaldo a reverência da Copa na Ásia através de atuações esplêndidas ao lado de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. A Fifa, de maneira açodada, elegeu na véspera da final o goleiro alemão Oliver Khan como craque da competição e ele falhou no dia seguinte.
Pena que a última Copa tenha sido tão fraca no plano técnico destacando-se apenas o veterano Zidane que, ao fim e ao cabo, acabou expulso antes de ver a França ser derrotada pela Itália na cobrança de pênaltis.
Messi vem deslumbrando com a magia do seu futebol, consagrando-se no Barcelona como um craque excepcional.
Messi resgatou o futebol-arte calando a boca daqueles que defendem o futebol de resultados, o futebol defensivo ou o futebol de brucutus que só sabem marcar e dar pontapés.
Messi abriu uma janela de esperança para a volta do futebol jogado com arte, talento e alegria.
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