Demorou mas a torcida atleticana deu a resposta a todos aqueles que duvidaram da sua capacidade de apoiar o time e transformar a Arena da Baixada em autêntico caldeirão.
Demorou o tempo exato que a torcida esperou para poder ter prazer de retornar aos jogos e prestigiar alguns dos melhores jogadores que foram reunidos nas últimas semanas.
Ou seja, com uma equipe melhor constituída, com jogadores de maior envergadura técnica e um treinador moderno, o Furacão recuperou-se a apresentou sinais de que possui todas as condições de afastar-se da posição incomoda em que se manteve ao longo do campeonato.
Com melhor postura defensiva após a contratação de Antonio Carlos e o lançamento de Rhodolfo, maior poder de circulação de bola na meia-cancha e o ataque enriquecido pela categoria do experiente goleador Marcelo Ramos e a boa fase de Ferreira, as coisas mudaram.
Em situação delicada e sem muitas alternativas para recuperar o rendimento da equipe, o técnico Lori Sandri fez o que pode para armar o Paraná e acabou sentindo a pressão rubro-negra na etapa inicial.
Com o zagueiro Nem bem abaixo do ideal físico para um zagueiro de primeira linha e Neguete encontrando grandes dificuldades para impedir as investidas de Ferreira, a defesa tricolor foi envolvida pelo ataque do Atlético. Neguete participou dos três gols, falhando nos dois que o seu time sofreu o primeiro foi dele contra após bela cabeçada de Marcelo Ramos e aproveitando erro da zaga no gol que marcou.
Após um primeiro tempo primoroso, durante o qual apresentou amplo domínio tático e técnico, criando boas chances para ampliar o escore, o time de Ney Franco baixou a rotação e não repetiu a mesma atuação na etapa complementar. Nem assim o Paraná conseguiu igualar as ações em campo ou, pelo menos, ameaçar a meta de Viáfara.
Com a diminuição do ritmo, o jogo passou a ser disputado com mais rispidez e o árbitro Carlos Eugênio Simon, que havia deixado de assinalar um pênalti cometido por Rogério Correa em Éverton, deixou de punir Neguete que deu uma cotovelada no colombiano Ferreira. Pior do que o juiz o bandeirinha que não viu o lance bem à sua frente.
Na ardente tentativa de recuperar o poder de jogo, Lori Sandri foi promovendo substituições mas todas infrutíferas, com destaque a entrada do normalmente lépido Vinícius Pacheco que se escondeu em campo. A melhor chance de o Paraná empatar foi de Josiel que, livre de marcação após falha do miolo da zaga, finalizou para fora.
Do lado do Atlético, pouco a destacar na etapa final, a não ser o equilíbrio coletivo e a oportunidade desperdiçada por Netinho frente a frente com o goleiro Flávio.
Vitorioso no clássico, o Furacão comemorou ruidosamente, enquanto o Tricolor afundou um pouco mais na disputa.
carneironeto@gazetadopovo.com.br
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