Quebrou-se o encanto do Coritiba nas três partidas em que o time passou sem marcar gols. Até parece complemento para a conhecida brincadeira futebolística de que o ataque gastou o restante do estoque na avassaladora goleada sobre o Palmeiras.
Na partida seguinte, no Pacaembu, veio a perda da sequência de vitórias e da longa invencibilidade; o empate em zero com o Ceará ficou de bom tamanho e a desconcertante derrota para o Atlético-GO, no Alto da Glória, onde o time não perdia há muito tempo, serviu para acender todas as luzes no painel de controle coxa-branca.
Todos contam para hoje com uma atuação de absoluta superação na busca incessante do gol, já que, como ocorreu no domingo, o adversário deve jogar fechado, tentando surpreender no contra-ataque. E o detalhe importante é que o time nordestino conta com atacantes mais perigosos do que o goiano.
Desde que Marcos Aurélio lesionou-se, Davi diminuiu o ritmo. E como Anderson Aquino não produziu o esperado nas últimas partidas, o ataque ficou devendo. Em compensação, Bill está aceso e Geraldo, pelo que vem mostrando em campo, já faz por merecer a titularidade. São coisas que Marcelo Oliveira precisa definir, além, é claro, de contar com melhor rendimento dos alas Jonas e Lucas Mendes e, sobretudo, de Léo Gago, que ficou devendo na estreia do Campeonato Brasileiro.
Só a volta dos gols, ou pelo menos de um, sem sofrer nenhum, devolverá a confiança ao grupo e garantirá a classificação para a decisão da Copa do Brasil.
Feijão com arroz
Nada da minimalista "nouvelle cuisine" francesa. O que o Atlético anda precisando para melhorar o rendimento técnico da equipe é do bom e velho feijão com arroz bem temperado. Só que Adilson Batista tem insistido em servir um prato com o traço da sofisticada cozinha internacional como se o esquema adotado pelo milionário Barcelona pudesse ser aplicado por aqui.
E quem paga o pato é o Furacão, que foi arrasado no Campeonato Paranaense, eliminado da Copa do Brasil e teve atuação medíocre na estreia do Campeonato Brasileiro.
O técnico, muito querido por todos e respeitado pelos jogadores, precisa ser humilde e reconhecer que a opção de rechear o time com volantes e meias, com apenas um atacante e ainda por cima o limitado Guerrón , não vai funcionar. Pelo menos com esse elenco e dentro das atuais circunstâncias que cercam a equipe atleticana, não vai dar certo. Destacando que a defesa também vem jogando mal.
Para tentar a reabilitação diante do Grêmio será fundamental o ajuste da meia cancha com o ataque e, sobretudo, a escalação de um jogador de referência na grande área adversária.
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