Começa mais um Brasileiro com os times da Série B fazendo as honras da casa e o Paraná recebendo o Ceará. Amanhã a bola rola pela Série A com o Coritiba visitando a Chapecoense e, domingo, o Atlético encarando o Internacional.
“Abrem-se as cortinas e começa o grande espetáculo” foi um dos bordões criados pelo inesquecível Fiori Gigliotti em suas irradiações esportivas. Para os três times, entretanto, as cortinas se abrirão, porém não há garantia de grandes espetáculos. Antes, pelo contrário, os torcedores estão temerosos de que a trajetória de Atlético, Coritiba e Paraná seja bem difícil.
Deu tudo errado até agora: a diretoria atleticana repetiu os mesmos erros, como mandar o time fazer exótica pré-temporada na Espanha, desprezar o Estadual e depois correr atrás para tentar acalmar a torcida que, obviamente, quer festejar um título em algum momento na vida, até cair para o humilhante Torneio da Morte. E teve mais: a troca insensata de três treinadores em quatro meses, quando qualquer um medianamente vivido em futebol percebe que o grande problema é o equivoco nas contratações e na ilusão de que as revelações da base vão proporcionar sempre boas soluções.
Enquanto o Furacão contrata medalhinhas, o Coxa aposta em medalhões. Ambos estão se dando mal. Lincoln, Martinuccio, Zé Love e outros mais, somados a Negueba, Cáceres, Wallyson e Wellington Paulista aumentaram o prejuízo no combalido caixa do clube e não apresentaram os resultados esperados.
Os 5 a 0 para o Operário e a vexatória eliminação para um time da Série C na Copa do Brasil, calaram fundo nos corações alviverdes e rubro-negros.
Todos falam em reforços, inclusive o técnico Marquinhos Santos, cuja ficha caiu com algum retardamento. Todos clamam por um meia armador criativo, tipo Alex, Ricardinho ou Kelly. Esta difícil. Quase impossível, pois praticamente todos os times brasileiros estão atrás e a própria seleção sonha com novos Didi, Gerson, Ademir da Guia, Cerezzo, Mazinho, Zinho ou Rivaldo.
Os treinadores trabalham mal na base e só criam jogadores gladiadores, lutadores, velocistas e que pensam pouco com a bola nos pés. Eles extirparam a inteligência do futebol brasileiro.
O Paraná não contratou nem medalhões, nem medalhinhas, mas jogadores do tamanho do bolso do clube. O bolso tricolor anda pequeno, todos sabem. E, por isso mesmo, não entendi direito a eufórica declaração do presidente Casinha de que a equipe estará classificada com três rodadas de antecedência. Eu, hein.
Mas vamos em frente, afinal pior do que está não pode ficar para o antigo Trio de Ferro, apelido dos tempos da Guerra em referência a Estados Unidos, Rússia e Inglaterra que surraram os nazistas. Os gols de Walter e Rafhael Lucas representam um alento. Talvez apenas um alento, mas é melhor do que nada.
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