Com a terceira vitória consecutiva e a primeira em casa, o Atlético finalmente engrenou, aumentando o cacife do técnico Vagner Mancini, que soube reestruturar o sistema defensivo e harmonizar o meio de campo. O seu maior mérito foi ter conseguido identificar as deficiências da equipe, ao mesmo tempo em que procurou soluções simples dentro de um elenco sabidamente heterogêneo.

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Melhor armado na defesa, marcando com mais precisão e saindo para o ataque com maior segurança, o Furacão cresceu e realizou boa apresentação no triunfo sobre o Goiás. O escore poderia ter sido mais elástico se Everton não tivesse desperdiçado um gol na frente do goleiro dando apenas um peteleco na bola e Dellatorre que, em vez de tentar a finalização, jogou-se para cavar um pênalti inexistente. Mas a vitória se consolidou com o passe primoroso de Everton para Dellatorre no 1 a 0 e a jogada bem elaborada por Marcelo e Zezinho que culminou com o arremate do oportunista Éderson no 2 a 0.

Individualmente, quase todos estiverem em nível elevado, porém Zezinho, Paulo Baier, Everton e, sobretudo, Marcelo se destacaram.

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Último invicto

O Coritiba perdeu a invencibilidade em jogo onde alternou bons e maus momentos, fazendo por merecer melhor sorte em campo. O gol logo no começo facilitou as coisas para os mineiros e o Coxa enfrentou muitos problemas no curso da partida, com o técnico Marquinhos Santos obrigando-se a mudar três vezes o comando do ataque: Bill, que voltou a jogar mal, lesionou-­se, entrando Keirrison, que estava bem disposto, acertando uma bola na trave e procurando mostrar que se recuperou quando sofreu um choque e foi substituído por Everton Costa, definitivamente um jogador tecnicamente carente para os padrões atuais do Coritiba.

Mas quem desempenhou bem o papel foi Arthur, que substituiu Bottinelli, deu trabalho aos zagueirões do Cruzeiro e sofreu uma penalidade máxima inexplicavelmente não marcada.

Os alas voltaram a apresentar deficiência e a ausência de Alex foi sentida especialmente pela apagada atuação de Lincoln. Em compensação, o goleiro Vanderlei apareceu bem nos momentos em que foi exigido.

No topo

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O Paraná vinha trabalhando há tempo para chegar no topo da classificação e, graças à vitória sobre o Atlético-GO, no Serra Dourada, entrou na zona de acesso. Dado Cavalcanti tem demonstrado que é o melhor treinador contratado pelo clube nos últimos anos, pois além da eficiente disposição tática imposta ao time, ele está sabendo escolher os jogadores para cada posição.

O jogo encaminhava-se para o empate sem gols quando entrou JJ Morales e, de forma arrebatadora, ele aproveitou duas oportunidades surgidas e marcou os gols que elevaram o Paraná de categoria dentro da competição.

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