Foi ótima a rodada para os paranaenses e as massas voltaram a sorrir.
Começou com as estrondosas vitórias de Coritiba e Atlético, culminando, ontem, com a espetacular goleada do Paraná.
Foi muito bom o jogo no Pinheirão, tanto que mesmo sofrendo uma derrota por 5 a 2, não se pode afirmar que o Grêmio jogou mal. Foi o Paraná que se apresentou muito bem, se impondo na meia-cancha com Beto e Batista e aproveitando as oportunidades criadas para a marcação dos gols.
Dos cinco gols assinalados, o mais bonito foi o primeiro: Cristiano recebeu na área, ao dominar a bola foi atrapalhado por uma saliência do gramado, ajeitou com categoria e virou o corpo batendo cruzado para o fundo das redes.
O árbitro Seneme, que realizou bom trabalho na parte disciplinar, conseguiu apitar dois pênaltis inexistentes, um de cada lado.
8 minutos decisivos
Pelo placar ficou a impressão de que o triunfo sobre a Portuguesa foi fácil, mas quem viu a partida pôde sentir o drama vivido pela torcida na arquibancada e pelos jogadores em campo. O primeiro tempo foi um suplício técnico, com as duas equipes errando à farta.
Na etapa final, pressionado pelo clamor popular e imbuído da necessidade de somar pontos em casa, o Coxa melhorou, cresceu e em rápida seqüência, dos 25 aos 33 minutos, marcou os três gols que lhe deram a vitória. A defesa adversária vacilou e os gols sairam com naturalidade, para alívio da torcida e consagração de Alberto que, ao assinalar dois, estreou em grande estilo.
Outro time no Maracanã
Para quem viu aquela apresentação medíocre contra o Santos, o Atlético do Maracanã foi outro time. Fruto de elaborado trabalho de conscientização e motivação promovido pelo técnico Givanildo durante a semana, reanimando os jogadores e exigindo mais empenho.
O time jogou com determinação, aplicação tática e, sobretudo, com clarividência na meia-cancha, algo que vinha faltando há muito tempo. Graças a boa performance do trio Alan Bahia, Ferreira e Evandro e do bom rendimento dos alas Jancarlos e Ivan o Botafogo perdeu o domínio e submeteu-se ao ímpeto do avante Pedro Oldoni que marcou três gols.
No jogo de estréia identifiquei em Pedro Oldoni a maior vocação de artilheiro do Furacão desde a saída de Washington. Porém, por diversos motivos, mas fundamentalmente por incompetência dos técnicos que atuaram entre a saída de Matthäus e a entrada de Givanildo, o jogador foi mal aproveitado.
Que a goleada sobre o campeão carioca sirva de alavanca para uma nova fase do Atlético.
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