O Coritiba reuniu favoritismo para vencer o clássico e ensaiou nova goleada, porém não se completou e limitou-se a finalizações de longe. William Leandro saiu-se bem como ala improvisado e o restante da defesa não teve nenhum trabalho diante da inoperância do ataque atleticano. Edson Bastos não foi exigido nenhuma vez e, por infelicidade, acabou tomando o gol de empate em lance despretensioso, praticamente fortuito do lateral Edilson.
Mas se esteve bem disposto taticamente e pressionou durante o jogo inteiro o que faltou mesmo ao Coxa foi aquele algo mais dos seus dois melhores jogadores: Rafinha e Marcos Aurélio. Eles não estiveram inspirados e por mais que se esforçassem mostraram rendimento abaixo de suas possibilidades.
Bill foi o atacante mais perigoso e deveria ter ficado até o final, com Leonardo entrando mais cedo no lugar de Marcos Aurélio ou Rafinha.
Bom empate
Jogando mal, apenas se defendendo e sem qualquer presença ofensiva o empate acabou sendo bom resultado para o Atlético.
Renan Rocha operou defesas difíceis e a zaga voltou a mostrar deficiências nas bolas cruzadas sobre a área, enquanto a meia-cancha foi o ponto alto e o ataque simplesmente inexistiu. Mádson procurou criar alguma coisa, mas muito distante das necessidades da equipe.
Renato Gaúcho teve o mérito de organizar o time que estava caindo pelas tabelas e a coragem de deixar de lado Nieto, Guerrón e Santiago Garcia, contratações equivocadas que jamais resolveram o grave problema da falta de gols no Furacão.
A tentativa de Fransérgio como centroavante soa como protesto do técnico pela dificuldade de a diretoria acertar na contratação de um atacante efetivamente marcador de gols. A mesma diretoria que se deixou levar pela conversa de Renato Gaucho no desprezo a Sul-Americana, um torneio importante, completando a semana com o canhestro veto ao árbitro Héber Roberto Lopes.
A história do futebol ensina que só dirigente de time fraco reclama do árbitro. Dirigente de time forte não dá confiança para o árbitro e, principalmente, dirigente astuto sempre elogia todos os árbitros.
Reforços
Avisei na derrota para o Sport Recife que o drama do Paraná não é de esquema de jogo ou falta de espírito de luta, mas ausência de qualidade técnica do elenco. Sábado, na derrota para o Bragantino, depois de um primeiro tempo bem razoável o time tricolor voltou a evidenciar suas carências, tanto no procedimento defensivo quanto na ação ofensiva.
O Paraná necessita de reforços para tentar retornar à zona de classificação para a Primeira Divisão.
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