Após a rodada de alta ansiedade, na qual foi, inexoravelmente, goleado pelo Figueirense, o Paraná deu prosseguimento à sua política de alta rotatividade no comando técnico.
Antes de tratar do novo técnico, porém, cabe, aqui e agora, o registro do surpreendente afastamento do presidente José Carlos de Miranda. De repente, o verborrágico presidente tricolor foi destituído de suas funções e nem mesmo participou da reunião que definiu a troca de Lori por Saulo. Surpreendente, porque o professor Miranda vinha dirigindo o clube com autoridade e os dois últimos treinadores Gílson Kleina e Lori Sandri foram escolhas pessoais dele, mesmo contra a vontade dos dirigentes do departamento de futebol profissional.
Saulo será o quinto técnico em dez meses de insucessos do Paraná na temporada. Tudo tem a ver. Primeiro, com a inconstância do cargo; segundo, pela perda de qualidade técnica do elenco. Não é por acaso que o time se encontra nesta situação desesperadora.
Demais e de menos
Se René Simões é criticado por mexer demais no time do Coritiba, a torcida do Atlético sofre porque Ney Franco mexe de menos no time do Atlético.
René justifica que o grupo é tecnicamente limitado e precisa extrair o máximo daquele que se encontra em melhores condições no momento. Não deixa de ter razão, se bem que o problema nuclear do Coxa é a solidão dos jogadores quando atuam longe da torcida.
Franco demorou muito para tirar o Atlético da mesmice, domingo, contra o Vasco. Mesmo com Claiton jogando para a torcida, realizando pouco em campo e sobrecarregando o versátil Valência - a propósito, Borba Filho acertou nas três indicações colombianas, pois Viáfara firmou-se e Ferreira dispensa comentários, mas acabou dispensado do clube e Netinho se arrastando como meia-armador, sómente faltando 15 minutos foi que entraram Ramon e Pedro Oldoni para tentar criar algum fato novo.
Menos mal que a vitória surgiu graças a falha do goleirão Silvio Luiz e ao oportunismo de Don Ferreira.
Violência explícita
O time do Grêmio continua distribuindo pontapés pelo país afora. Sábado, depois do bate-boca entre os técnicos Mano Menezes e Caio Júnior, a equipe gaúcha tentou parar o Palmeiras com excesso de força, sob as vistas complacentes do árbitro Héber Roberto Lopes.
A certa altura, o volante Gavilán deu um soco no atacante Valdivia e a punição ao agressor poderá acontecer apenas graças ao vídeo do lance, que foi solicitado pelo procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, que realiza eficiente trabalho no exercício da função.
O problema é que o pleno do tribunal esportivo não tem respeitado as decisões de Primeira Instância, evidenciando falhas do código nas contradições de sentenças.
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