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Foi mais um ano sofrido para o torcedor coxa-branca que viu o time fracassar em todas as competições.

Foi o quarto ano consecutivo que o clube escapou por pouco da eliminação na Série A. O empate sem gols com o Vasco significou o final do drama. Porém, beneficiado pelo fato de Santos e Palmeiras terem escalado times reservas, o Coxa havia praticamente afastado o risco uma rodada antes.

Tecnicamente a equipe mostrou grande fragilidade e Pachequinho consagrou-se como o líder da salvação.

O Coritiba também se desgastou com grave divisão política, expondo-se a situações que beiraram o ridículo. Houve a renúncia de dirigentes eleitos e intrigas internas que acabaram na polícia. A política coxa-branca trocou as páginas esportivas pelas fofocas da Candinha.

A torcida termina o ano aliviada, mas muito preocupada.

Vexame final

Com a inauguração da nova Arena da Baixada a diretoria prometeu que este seria “o ano do futebol”.

Não foi!

Do Torneio da Morte à desconcertante eliminação para o singelo Luqueño na Sul-Americana, passando pela desclassificação na Copa do Brasil para o modesto Tupy, até o vexame final de ontem na Vila Belmiro foi um ano frustrante para o torcedor.

O Atlético bateu nesta temporada o próprio recorde no troca-troca de treinadores e a diretoria passou mais tempo envolvida com a instalação do teto retrátil, da grama sintética e isolada após o fechamento dos vasos comunicantes com o governo do estado e a prefeitura de Curitiba para acertar a conta do novo estádio.

Continua como está ou o associado vai abrir o clube para uma nova geração, cheia de planos e projetos para o futebol?

Até quando?

Segundo o FBI, cerca de R$ 120 milhões entraram como propina nos bolsos dos três últimos presidentes da CBF, sem que os clubes e as federações tenham se manifestado. Até quando os dirigentes dos clubes continuarão de cabeça baixa?

Sim, dos clubes, porque dos presidentes das federações não se espera nada. O vazio de poder da CBF, com a licença pedida por Marco Polo Del Nero, abriu o caminho para que os principais clubes do país se unam, demonstrem um mínimo de capacidade política e bom senso para a criação da Primeira Liga.

Não apenas restrita à Copa Sul-Minas-Rio, mas ao futebol nacional inteiro, em toda as divisões. Del Nero dificilmente voltará ao cargo e antes que um desses medíocres que se elegeram beneficiando-se dos currais eleitorais representados pelas entidades estaduais ocupe o espaço, os clubes que fazem, efetivamente, as coisas acontecerem para o torcedor, demonstrem grandeza, aproveitem o momento e mudem o jogo de uma vez por todas.

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